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O período úmido começa a se configurar aos poucos. Os primeiros corredores de umidade da Amazônia para o sudeste/centro-oeste já podem ser detectados na segunda quinzena de outubro. É o que conta a meteorologista da Climatempo, Isabela Talamoni, que participou do CanalEnergia Live desta quarta-feira, 16 de outubro. Ela aponta que mais para o final do mês os modelos já mostram chuvas fortes sobre o maior submercado do país.
“Temos indicação de corredores de umidade pouco duradouros que começam a se formar e promovem aumento da ENA desse submercado, com destaque na bacia do Paraná. Esses corredores que começam a configurar não é o clássico de verão com chuvas mais frequentes, mas mostra a cara realmente do início do período chuvoso”, destacou.
No mais curtíssimo prazo a meteorologia mostra instabilidades e pancadas de chuvas no Sul de forma isolada e sem muito impacto para os reservatórios. Ao mesmo tempo as precipitações estão também concentradas no Centro Norte do país, principalmente nas bacias do Parnaíba, Xingu e Tocantins, bem como, no médio São Francisco.
São Paulo
É previsto novo risco de eventos climáticos com rajadas de vento que podem alcançar até 80km/h, alertou a meteorologista da Climatempo. Se essa previsão se confirmar, ocorrerá exatamente uma semana depois da tempestade com ventos de quase 110 km/h que afetou fortemente a área de concessão da Enel SP. Os dias de maior risco são sexta-feira e sábado.
Esse evento vem do fato de que estamos em período de neutralidade, já que o La Niña não se configurou. Ao mesmo tempo as águas do Atlântico estão mais quentes e há a combinação de eventos climáticos que levam à formação de sistemas de baixa pressão.
“Ainda estamos em neutralidade, mas a chance é de 70% de La Niña em outubro”, apontou.
E por falar em Enel SP, o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes teve uma reunião com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e com 16 prefeitos do estado na tarde da terça-feira (15) no Palácio dos Bandeirantes. O governador afirmou ter solicitado apoio do TCU para que o governo federal intervenha na Enel.
Ao final da reunião, o governador entregou ao ministro do TCU uma carta solicitando que a corte tome “as medidas cabíveis para que os órgãos federais competentes declarem, com urgência, a intervenção na concessionária Enel ou a caducidade do contrato”
O documento afirma que a empresa não cumpriu o plano de contingência foi apresentado pela própria concessionária para o enfrentamento dos efeitos de eventos climáticos extremos, além da “incapacidade de prestação de um serviço essencial e indispensável à população, e à altura do que o contrato de concessão exige”.
Após a reunião, o ministro do TCU disse a jornalistas que considerava a “situação muito grave” e que iria avaliar toda a documentação que recebeu hoje. “O que posso dizer é que essa é uma concessão federal e que, por isso, cabe ao TCU fiscalizar”, pontuou.
*Com informações da Agência Brasil