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A Enel SP atualizou o número de unidades consumidoras que foram afetadas pela tempestade do dia 11 de outubro. Inicialmente a informação era de que 2,1 milhões de consumidores foram afetados, mas o volume contabilizado aumentou em 1 milhão, chegando a 3,1 milhões. Assim, disse o presidente da distribuidora, Guilherme Lencastre, esse foi o evento mais impactante da história da concessão.

Essa diferença de 1 milhão a mais, explicou o executivo em coletiva na manhã desta quinta-feira, 17 de outubro, na sede da empresa, deve-se ao fato de que esse volume de consumidores foram religados por meio da automatização da rede da empresa, em uma ação que ocorreu nas primeiras 4 horas do evento. Os 2,1 milhões de clientes divulgados foram aqueles que ficaram sem fornecimento em decorrência de eventos na rede que tiveram que contar com a atuação de equipes de campo.

Segundo o executivo, todas as ocorrências registradas decorrentes do evento climático da sexta-feira às 19h foram restabelecidas. Agora são 36 mil unidades sem fornecimento. Esse volume decorre do dia a dia da empresa e está dentro da normalidade operacional da concessão.

Lencastre defendeu que a curva de recuperação de unidades consumidoras nesse evento foi realizada de forma mais célere do que no evento do ano passado. Essa informação contrasta com a avaliação do presidente da Arsesp que a resposta foi pior do que o evento de novembro de 2023. Segundo dados da apresentados pela Enel, nas primeiras 24 horas foram recompostos 79% dos desligamentos contra 58% de 2023.

“A curva de recuperação foi melhor nesta ocorrência, a maior que a cidade de São Paulo já viu, quando comparamos com a do ano passado, nossa resposta com a prontidão das equipes foi melhor e com maior mobilização”, afirmou ele. “Agora continuamos com a força tarefa mobilizada, há uma nova previsão de tempestades esse final de semana com todas nossas equipes de prontidão, aquelas de outras distribuidoras já voltaram a suas bases. Há equipes em descanso nesse momento para ficarem de prontidão no final de semana”, disse ele sem enumerar quantas equipes estão nesse momento nas ruas, que segundo ele, estão realizando vistorias preventivas em diversos pontos da cidade.

Inclusive, ao circular pela zona sul da cidade de São Paulo a reportagem do CanalEnergia notou a presença muito maior de caminhões da concessionária circulando pelas ruas, algumas paradas e outras em movimento. Em um trajeto de cerca de 6 km foram seis caminhões de grande porte.

Modernização
Lencastre defendeu que há a necessidade de modernização o contrato de concessão de distribuição. Isso não apenas para a Enel SP, mas para todas as concessionárias do país. Um sugestão estaria na mudança dos subsídios dados para a GD que poderiam ser substituídos por incentivos para que o setor invista em resiliência a rede.

“Contratos de concessão são antigos, foram assinados quando o cenário era diferente no país em relação às mudanças climáticas, hoje vemos que há muito mais ventos no que nas décadas passadas, com mais intensidade e impactos sobre a rede. A modernização e contratos é importante para que possamos ter a resiliência no setor. O segmento de distribuição vai aderir a medidas de incentivo à resiliência, que precisa de mais recursos”, destacou Lencastre.

Ele disse que a modernização que está prevista no Decreto 12.068, que entrou em consulta pública na Aneel, é importante porque traz mudanças importantes para a melhoria da qualidade e da prestação e contas das empresas para com seu cliente e a sociedade como um todo. “Precisamos dos incentivos corretos no contrato para que ele seja sustentável”, apontou.

Entre os pontos que ele relacionou está ainda o reconhecimento de investimentos em ativos a partir do primeiro ano do ciclo tarifário que é de cinco anos. Outro ponto importante é o aprimoramento da previsão climática, que em sua avaliação, está bem atrás de outras regiões do mundo. E a empresa, inclusive, tem uma parceria com o Cemaden para desenvolver as previsões e preparar a empresa para situações futuras. Essa ação é uma das anunciadas pela companhia no mês de setembro para o plano de contingência aos eventos climáticos no Plano Verão.

Outra ação que ele relacionou é a contratação de 1.200 eletricistas que está em andamento. Contudo, esse contingente deverá demorar ainda para entrar em sua totalidade nas ruas da área de concessão porque, além do processo de contratação, há um período de treinamento para a qualificação essa mão de obra que dura cerca de 6 meses. Por isso, disse, o plano de ação do mês passado está em andamento, mas não totalmente implementado.

Lencastre lembrou que a empresa está com seus indicadores de qualidade dentro dos parâmetros definidos pela Aneel tanto em 2023 quanto em 2024 e que vem investindo volumes que somam, em média, R$ 1,4 bilhão de 2008 a 2023 e que o valor é de R$ 2 bilhões anuais para o próximos anos, somando um plano de aportes de R$ 6,2 bilhões, conforme divulgado no final do ano passado.

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