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De acordo com o CEO do Energy Summit, Hudson Mendonça, o Brasil na transição energética deve buscar ser um polo de geração de inteligência nesse processo e não apenas um líder em implantação. Segundo ele, investimentos em tecnologia para a transição vem ficando cada vez mais altos e podem ser alocados no país, caso ele assuma esse papel de líder na inteligência.
“Brasil deve se posicionar como locomotiva e não como vagão na transição energética. Onde gera a inteligência é que vai liderar”, explica. Mendonça dá como exemplo o chocolate, em que o Brasil é um grande exportador de cacau, mas os chocolates mais caros são os europeus.
O Energy Center, do MIT Technology Review, lançou, semana passada,0 no Rio de Janeiro (RJ) documento com dez megatendências para a transição energética global que foram escolhidas com base e resultados no Energy Summit 2024, evento global de inovação e empreendedorismo em energia e sustentabilidade. As eleitas foram Geração Distribuída, Eficiência Energética com IA e IoT, Armazenamento, SMRs, H2V, SAF, Captura de Carbono, Materiais Avançados, Fusão Nuclear, Computação Quântica e Captura de Carbono.
Para que esse polo de decisão seja no Brasil, o relatório pede uma articulação ideal entre o que se chama de cinco ‘pontas da estrela’, formada por agentes de Governo, Start Ups, Investidores, Universidades e grandes empresas. “É urgente para o Brasil articular essas cinco pontas, ninguém vai resolver esse processo sozinho”, avisa André Miceli, CEO da MIT Technology Review.
Miceli vê essa articulação mais madura e funcionando em países como os Estados Unidos, em que já há uma cultura das universidades mais próximas do mercado e os investidores já financiam a inovação e o ambiente econômico e mais favorável. No Brasil, até existiria uma cultura de inovação, mas ainda baseada em softwares e não em DeepTechs, que serão mais demandados.
A Deloitte foi a responsável pela elaboração do relatório feito a partir das discussões no Energy Summit. Guilherme Lockmann, sócio para Sustentabilidade e o segmento de Power, Utilities & Renewables da Deloitte, demonstrou satisfação com o resultado, que ele considerou benéfico para a sociedade e vindo a partir de um conteúdo de qualidade. ‘Buscamos trazer os principais inputs para esses relatórios”, relata.
Ele lembra que apesar do Brasil ter um setor elétrico bastante pautado nas renováveis, ainda há muito a ser feito para ter a estabilidade no processo da transição e o setor energético tem buscado isso.
GD, H2V, Armazenamento e SMRs aparecem como megatendências da transição energética, diz relatório