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A operação especial do Operador Nacional do Sistema Elétrico no Rio Grande do Sul terminou. A informação foi confirmada pelo órgão nesta segunda-feira, 21 de outubro. Foram recuperados os ativos do Sistema Interligado Nacional (SIN) afetados pelas fortes chuvas que atingiram o estado entre abril e maio.

De todos os equipamentos da Rede de Operação afetados pelas chuvas de abril e maio, apenas três deles seguem fora de operação, sem causar, no entanto, impacto no atendimento do SIN: a LT 525 kV Nova Santa Rita / Guaíba 3 C2, com previsão de retorno no final de outubro, e as UHEs Monte Claro e Jacuí, cujo prazo de retorno é no final do ano.

As inundações ocorridas à época, afetaram 35 linhas de transmissão, 14 transformadores e cinco usinas hidrelétricas, o que levou o ONS a criar um grupo de trabalho específico para coordenar a retomada desses equipamentos.

“Quatro meses após as cheias e com a recuperação dos ativos que sofreram impactos à época, a operação especial, que exigia uma mobilização específica com reuniões regulares e equipes dedicadas, foi encerrada com uma avaliação geral positiva”, destacou o ONS. O Operador atuou em conjunto com o MME, agência reguladora, os agentes e os demais entes locais que participaram dos esforços de recuperação do estado.

O trabalho envolveu profissionais do ONS e representantes de 16 agentes do setor, entre os responsáveis pelos ativos e os que prestaram suporte direto, com atualizações e trocas permanentes com Ministério de Minas e Energia, Agência Nacional de Energia Elétrica, Governo do Estado do Rio Grande do Sul e órgãos locais.

As ações do Operador tiveram como objetivo fundamental aumentar a confiabilidade da Rede de Operação, mesmo em um dos momentos mais críticos enfrentados. Um dos principais desafios, elenca o ONS em nota, foi realizar a operação em tempo real em condições não previstas, e que se agravavam a cada momento.

Para isto, o ONS lançou mão de ferramentas de análise disponibilizadas à operação em tempo real, de maneira a manter a operação do sistema nas melhores condições possíveis diante daquela situação. Paralelamente foram necessárias a realização de estudos e adaptações em documentos normativos, levando em consideração as indisponibilidades e as restrições associadas.

E continua ao apontar que, para alcançar esse objetivo, foram necessárias adequações nos processos em função da quantidade de desligamentos e dos circuitos provisórios criados, visando não apenas o atendimento da carga, mas também de modo a aumentar da confiabilidade e robustez do sistema nas regiões afetadas do Rio Grande do Sul, assegurando a continuidade do serviço à população.