Bahia articula formação de parque tecnológico para a indústria verde

Líder na produção de energia eólica desde maio desse ano com mais de 10 GW entre 342 usinas, a Bahia está articulando um programa de transição energética para capacitação de mão de obra, atração de novas empresas, financiamento, incentivos fiscais para instalações, além de outros investimentos como em estradas.

“Vamos construir esse memorando até o fim do ano, dialogando com a ABEEólica e o Ministério de Minas e Energia para daqui cinco anos termos uma arranque para essa liderança disparada no país”, comentou o governador do estado, Jerônimo Rodrigues, em entrevista ao CanalEnergia após sua participação na mesa de abertura do Brazil Windpower, que acontece até a próxima quinta-feira (24) em São Paulo.

Rodrigues ressaltou que o programa terá foco na formação de mão de obra, com especializações tanto à nível superior como em pós-graduação, “como se fosse um parque tecnológico”. E que outra frente irá acompanhar o presidente Lula e outras comitivas para atrair mais investidores e agentes do setor interessados nos diferenciais baianos. Vale lembrar que esse ano a Goldwind inaugurou sua fábrica de aerogeradores na região.

“Temos uma pauta muito próxima com outros estados do Nordeste, mas nosso diferencial competitivo é o extenso potencial para instalações ainda no ambiente onshore”, destaca, lembrando que outros estados como Ceará e Rio Grande do Norte talvez foquem mais suas estratégias para os aerogeradores em mar.

Outra frente comum na região citada por Rodrigues é a importância dos linhões para escoamento da energia, tanto eólica como solar, e no futuro para o hidrogênio verde, com as empresas podendo realizar as construções para depois passarem ao governo federal. E salientou também os R$ 13 bilhões em aportes já anunciados para a regiões a partir dos leilões de transmissão.

Por fim, o governador lembrou que o estado irá sediar no ano que vem um importante evento sobre a cadeia de minerais críticos, que normalmente acontece em Minas Gerais. E que da mesma forma tem a intenção de levar o Brazil Windpower para as terras baianas no ano que vem. “Isso dá oportunidade da academia local participar e também apresentarmos todo nosso potencial”, finaliza.