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O Ministério de Minas e Energia estuda considerar baterias como ativos de transmissão como forma de atrair essa tecnologia para trazer mais confiança às renováveis. Essa proposta vem como uma medida adicional ao leilão de baterias que está em consulta pública até o final do mês e visa trazer mais flexibilidade ao sistema interligado.

A medida foi revelada pelo secretário de Planejamento e Transição Energética, Thiago Barral, que discurso no painel de abertura da 15ª edição do Brazil Windpower, que ocorre entre 22 e 24 de outubro, em São Paulo. Ele comentou que a medida seria uma forma de melhorar ainda mais a competitividade das renováveis diante de sua variabilidade de produção de energia e, ao mesmo tempo, aumentar a confiabilidade de fornecimento.

Barral, que estava representando o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o governo está sensível às demandas do setor que vem passando por uma crise de demanda por novas encomendas no país. Ele ressaltou que há compromisso de encontrar soluções para o setor e entre as formas está a regulamentação, quando aprovado, do marco regulatório da eólica offshore.

“O Brasil está dando exemplo em como investir de maneira proativa na transmissão de energia, a infraestrutura de transmissão é um dos fatores que contribuem para reduzir o risco em renováveis”, aponta o secretário, que também citou os diversos pontos da Pauta Verde do governo que estão em andamento e estão relacionados à energia eólica no Brasil, como a lei de hidrogênio de baixo carbono e a busca da neoindustrialização do país.

Barral reconhece que há desafios para o setor eólico, lembrou que há uma desmobilização parcial do setor no país em razão do baixo nível de encomendas no curto prazo. E que concomitante a esse cenário, o mercado tem de enfrentar os cortes de energia. “O MME e o governo federal estão sensíveis a esses desafios. Estamos trabalhando para aumentar a confiabilidade e aproveitando o máximo do potencial brasileiro, além da melhoria do sistema há novas linhas entrando em operação e que vão contribuir para no médio e longo prazo ajudar a enfrentar esse desafio”, afirma.

Olhando nesse longo prazo, Barral lembra que a tendência da matriz energética brasileira é de maior eletrificação com o cenário de transição energética. “Até 2050 a participação da eletricidade deve saltar de 20% para algo como 40%, além disso há o crescimento da economia, o processo da eletrificação da indústria e aumento do poder de consumo com aumento de renda da população. No PDE 2034 a taxa de crescimento do consumo de energia é de 3,4% ao ano esse é o resultado do compromisso firme para a agenda da transição energética, uma medida transversal no governo e que envolve diversos ministérios”.

Baterias têm no leilão impulso para decolar no Brasil