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Se a capacitação de mão de obra envolvendo o setor elétrico em geral já apresenta dificuldades naturais pelo alto grau de complexidade, sobretudo para as manutenções em ciclos alongados da indústria eólica, esse quadro ganha ainda mais desafios quando a busca acontece por profissionais com conhecimentos específicos em Inteligência Artificial. O assunto foi ventilado nessa terça-feira, 22 de outubro, por representantes de empresas no primeiro painel da Arena O&M do Brazil Windpower, que acontece até a próxima quinta-feira (24) em São Paulo.

O gerente de Gestão de Ativos da Elera Renováveis, Bruno Morais Rodrigues, destacou que a empresa começou a observar a formação dessa mão de obra mais tecnológica como ainda muito segmentada entre a figura de um desenvolvedor de Tecnologia da Informação, que entende de códigos, e alguém que possui conhecimentos técnicos sobre operação e manutenção de usinas.

“Desenvolvemos um DNA interno e optamos por buscar nos estagiários uma equipe que dê conta desses dois lados. É um engenheiro que desenvolve”, conta o executivo, ressaltando que atualmente a companhia utiliza uma solução de I.A que realiza toda análise de dados vindas das linhas de transmissão que conectam os parques de geração, não precisando mais de alguém na ponta fazendo análise das imagens para inspeção.

E que apesar da área de TI estar vindo cada vez mais para dentro da área de negócios, com o Nordeste sendo um celeiro de talentos do lado técnico e de engenharia, esse mercado ainda liga com um gargalo de 70 mil postos que não são preenchidos por ano, numa carência de aproximadamente 300 mil profissionais nos últimos anos.

Por sua vez, o diretor de Recursos Humanos, Gestão e Serviços Compartilhados da AES Brasil, Rodrigo Porto, lembrou como foi importante a companhia ter começado a mudar sua política de formação de profissionais para equidade de gênero a partir de 2020 em novos projetos e instalações. Até então apenas 2% da operação em campo da empresa era feita por mulheres.

“Tivemos a formação inicial de 76 mulheres não só para ocupar o quadro corporativo da empresa, mas para outras contratações e no desenvolvimento social da região”, comentou, citando que o primeiro projeto nesses moldes aconteceu em 2021, no parque Tucano (BA). Até o final de 2023, a empresa passou a contar com 211 mulheres em seu quadro operacional, representando 31% da força de trabalho total e com 11% na operação em campo.

Mediador do painel, o coordenador-geral de Articulação de Políticas para a Transição Energética e Diretor do Departamento de Transição Energética Substituto do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Juliatto, salientou que a pasta possui um comitê ativo que trabalha com ações para inclusão da mulher no mercado de trabalho envolvendo o setor elétrico. E que até o fim do ano será lançado um programa do governo federal junto ao Ministério das Mulheres, que irá contemplar todos os níveis de ensino, sob a alcunha de “Energia Mais Mulher”.

Já o Senai do Rio Grande do Norte chamou a atenção para um levantamento de 9.934 matrículas em cursos relacionados à energia na instituição nos últimos cinco anos. E que para além da especialização em mecânica específica para fontes renováveis e pós-graduação em eólica offshore e gestão de sistemas eólicos e solares, lançará em 2025 um curso de engenharia elétrica.