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A expansão e o compromisso com a eficiência energética demandam um olhar estratégico para as empresas, principalmente no setor industrial e varejistas. As companhias que não se adaptarem aos novos compromissos de eficiência, transição energética e de ESG podem ter sua imagem impactada diante daquelas que estão investindo em certificados I-REC, sistemas de energia própria ou automação.

Durante o evento Energy Solutions Show, que acontece nesta terça-feira, 22 de outubro, em São Paulo, a automação foi apontada como um dos pontos necessários para auxiliar a eficiência energética. As empresas precisam otimizar os processos, reduzindo os custo e assim, tornar um processo maior de eficiência e consumo consciente. Para Lucas Attademo, Gerente de Projetos do Assaí Atacadista, o futuro do varejo deve ser baseado em ter lojas 100% automatizadas, seja com empresas parceiras, ou com seu próprio sistema de controle. O Assaí conta atualmente com 7 usinas fotovoltaicas em telhados e uma economia média de energia em 40%.

“A energia elétrica é o principal insumo e para o varejo representa a segunda maior despesa da companhia. Despesas e custos precisam ser aparados a todo momento e olhar para energia é extremamente importante. Diferente de um mercado pequeno, se o varejista não tiver processos autônomos e uma inteligência, a despesa toda hora surge e você deixa de ser eficiente. Temos a expectativa de ter uma operação remota em 100% da energia”, destacou Lucas.

Para alcançar as metas estabelecidas pelo mercado financeiro, as empresas precisam trabalhar com viés sustentável e com modelos de eficiência de energia, no entanto, é preciso fazer sentido financeiro também. A Engie apontou o desenvolvimento de modelos de negócios baseado no protocolo de medição internacional para que o cliente se sinta tranquilo.

“É preciso trazer modelos de eficiência para que o cliente se torne mais competitivo. E nesse modelo é possível oferecer a parte do monitoramento e automação, que são pontos cruciais para ser mais eficiente com pontos estratégicos, entendendo como a tecnologia avança, com escopo de eficiência energética, aporte de capex com levantamento das necessidades, e ajuda na manutenção e operação”, apontou Pedro Rossi, Gerente Comercial e de Desenvolvimento de Negócios da Engie.

Clovis Filho, Gestor de energia e utilidades do Grupo Iguatemi S.A, disse que as empresas precisam aumentar a disponibilidade de energias renováveis, talvez com usinas próprias, ou formando parceria com empresas ou sistema de automação. O grupo Iguatemi conta com 16 shoppings, onde toda a energia, desde 2022, é proveniente de energia renovável, fornecidas por PCHs. “Precisamos de projetos que tenham eficiência energética e eficiência financeira caminhando juntas”, encerrou.