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O panorama desfavorável que a fonte eólica vem passando e que se acentuou este ano, por conta dos cortes de geração e da falta de demanda de energia nova, teve destaque durante a abertura da décima quinta edição do Brazil Windpower, nesta terça-feira, 22 de outubro, em São Paulo. De acordo com a presidente executiva da associação, Élbia Gannoum, o setor eólico passa por um paradoxo que deve ser discutido pelos seus agentes de maneira que se encontrem os caminhos para a solução.

“Estamos vivendo uma crise na indústria de energia eólica brasileira e é importante ter essa crise como ponto de partida das nossas discussões, jamais como ponto de chegada. Somos nós que vamos revolvê-la”, afirma.

Segundo ela, a crise tem três dimensões: a da cadeia de produção, em que a falta de contratos e de demanda, que acaba impactando na cadeia de fabricantes, que tem fechado plantas ou entrado em estado de hibernação. A presidente da associação acredita que essa situação é de curto prazo, já que ao expandir o olhar ao médio e longo prazo, há solução para essa situação.

“Vivemos um curto prazo bastante atípico, não gostaríamos de estar nele, mas estamos buscando soluções que irão sustentar a nossa indústria par a os próximos cinco, dez vinte e trinta anos”.

A outra dimensão é a do suprimento, com a forte seca que assola o país este ano. O aumento recente do intercâmbio do Nordeste para o Sudeste ajuda as eólicas por conta do curtailment, que impacta nos resultados das geradoras. Segundo a presidente da associação, isso seria uma característica de economias que tiveram forte expansão de renováveis. Uma solução vem sendo debatida junto ao governo. “Estamos caminhando para buscar soluções e não viver essas questões no longo prazo”, comenta.

A temática ESG, com foco no social seria a terceira dimensão. Nos últimos anos, foi detectado um forte movimento nessa direção. A associação tem um plano de ações para enfrentar essas questões.

Ela salientou ainda que no âmbito da transição energética houve avanços legislativos, como a aprovação dos PLs do Hidrogênio e Combustível do Futuro e que o Paten seria votado m breve, além do PL das Eólicas Offshore e do Mercado de Carbono , que aguarda aprovação no Senado. “São medidas estruturais relevantes que o Brasil está fazendo”, observa.