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Na terça-feira, 22 de outubro, Fabio Yanaguita, diretor de energia da Scala Data Center, declarou que o setor de data centers tem potencial para trazer ao Brasil cerca de 15 GW nos próximos 10 anos. “Aqui existe um ambiente regulatório legal, mas que precisa ser equacionado para dar segurança ao país”, disse.
O executivo da Scala Data Centers destacou que ao gerar demanda não há outra opção senão comprar energia renovável e a eólica vem com toda a sua cadeia produtiva se fortalecendo aqui no país e se tornou uma fonte competitiva. Yanaguita também alertou sobre o papel da eólica no Hemisfério Sul para tornar o Brasil como um hub de processamento de dados. “De que adianta termos tantos data centers ao redor do mundo e não ser abastecidos por fontes limpas se estamos no período de transição energética”, alertou.
Durante o Energy Solutions Show, realizado em São Paulo, Yanaguita afirmou que as fábricas da companhia são abastecidas por energia eólica e hidrelétrica. Ele citou que muitas big techs tiveram problemas com pegada de carbono com o processamento de inteligência artificial, porém estão em locais onde a matriz energética não é renovável. “A fonte fóssil tem uma rejeição pela sociedade e muitos cidadãos que moram ao lado de data centers estão vendo a tarifa de energia dobrar. E a inteligência artificial não precisa estar perto do consumo de dado e isso quer dizer que você pode processar dados na Europa aqui do Hemisfério Sul”, explicou.
Porém, o executivo destacou que é necessário ter um arcabouço legal e que a inteligência artificial é uma alternativa para impulsionar a demanda no Brasil, pois tudo esta conectado através da IA. Segundo Yanaguita, é necessário ter planejamento e regulação para conseguirmos viabilizar todo esse processo aqui no Brasil.
Outo ponto observado por Yanaguita é com relação ao sonho de consumo do americano e europeu que é ter uma matriz como a nossa, limpa e com um grid interligado. “E eles demoram em média de 5 a 6 anos para ter essa conexão. E esse framework é grande aqui”, destacou. E finalizou dizendo sobre a importância do preço dos impactos climáticos, destacando que precisamos fazer escola e discutir também sobre os mercados de hidrogênio e carbono, que estão ganhando cada vez mais notoriedade.