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O Operador Nacional do Sistema Elétrico anunciou que foram ampliados os limites de intercâmbio no subsistema Nordeste em direção ao Sudeste/Centro-Oeste e ao Norte. Isso foi possível com a entrada em operação na última quarta-feira, 16 de outubro, de uma subestação e três novas linhas de transmissão de 500 kV: SE 500/230 kV Pacatuba, LTs Pecém II/Pacatuba C, Fortaleza II/Pacatuba C e Pacatuba/Jaguaruana II C. Todos os empreendimentos compuseram o Lote 03 e Lote 07 do Leilão de Transmissão nº 02 de 2018.

No sentido Nordeste-Sudeste/Centro-Oeste, o acréscimo será de cerca de 12%, com os índices saindo dos atuais 11.600 MW para 13.000 MW. Já a carga exportada do Nordeste para o Norte poderá ser aumentada em quase 30%, avançando do patamar de 4.800 MW para 6.200 MW. Segundo o ONS, esses acréscimos vão representar a ampliação do aproveitamento da produção da energia eólica e solar, voltando a volumes de escoamento anteriores à ocorrência de 15 de agosto de 2023, com segurança e confiabilidade.

“A ampliação das linhas de transmissão está em linha com a estratégia de aumentar a transferência de energia do Nordeste, maior produtor de energia limpa do País, para os demais subsistemas, em particular para o centro de carga que é o Sudeste. É uma situação na qual todos ganham. O SIN ganha em termos de segurança energética e a sociedade se beneficia ao ter um sistema elétrico mais eficiente, em constante evolução e cada vez mais sustentado por fontes renováveis, contribuindo ainda mais com a transição energética, uma das agendas prioritárias do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira”, afirmoi Marcio Rea, diretor-geral do ONS, em nota à imprensa.

O Operador informou ainda que, além dos ativos no Ceará, tem mais um na Bahia previsto para entrar em operação no final deste mês de outubro, ampliando ainda mais a capacidade de escoamento de energia do Nordeste para Sudeste/Centro-Oeste. É a linha de transmissão em 500 kV Olindina – Sapeaçu, passando os limites de transmissão dos atuais 13.000 MW para 13.800 MW.

De acordo com o ONS, a ampliação do escoamento é uma importante medida para a minimização das restrições de geração. “As novas linhas de transmissão são uma etapa a mais no equacionamento dessa questão, assim como a revisão da metodologia para definição dos cortes, anunciada pelo ONS em setembro”, afirmou em nota.

O ONS lembrou que, desde então, as decisões de restrição não se baseiam apenas no fator de sensibilidade – o impacto daquela restrição na redução de carregamento no ativo de transmissão sob análise na região, com o Operador considerando também um conjunto maior de geradores agrupados em função do impacto semelhante no fluxo de potência que precisa ser controlado.