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A expansão do mercado livre e abertura do mercado para consumidores do grupo B está previsto para acontecer em 2026, no entanto, o mercado segue aguardando o projeto de lei ou medida provisória que dê mais liberdade para esse consumidor, que é composto pelas classes residências, comércios, pequenas propriedades rurais e indústrias pequenas.
Rodrigo Ferreira, Presidente da Abraceel, destacou durante o evento Energy Solutions Show, que acontece nesta terça-feira, 22 de outubro, em São Paulo, que os consumidores demonstram o interesse em ser livre e que a Abraceel já tem pronto um PL com 37 páginas, que inclui renovação de concessões, modelo tarifário, entre outros temas que abordam o assunto e que poderia ser submetido ao Congresso Nacional imediatamente. “Se o governo não avançar, estamos prontos para isso. Os comercializadores estão prontos para atender o mercado do varejo”, apontou.
O executivo destacou ainda que o mercado está se preparando para essa abertura, mas que isso não acontece do dia para noite, algumas medidas ainda precisam ser tomadas, mas sem deixar o equilíbrio de lado. “Definir um cronograma é imprescindível. Porque o mercado livre só pode ser oferecido para o grande consumidor comercial e industrial? Temos um mercado cativo refém de políticas inadequadas. Nosso mercado está ultrapassado, se não parado. Temos uma confiabilidade incrível e não é possível ficar 20 anos discutido sobre a mesma coisa. Não vejo outro caminho se não a modernização do mercado”, ressaltou.
De acordo com Evandro Moraes, Superintendente Administrativo do Hospital Moinhos de Vento (Porto Alegre – RS), muitas vezes é mais cômodo consumir do mercado cativo do que tentar uma mudança, e isso as vezes acontece por preguiça. Moraes apontou que ao migrar para o mercado livre o hospital conseguiu converter a economia de energia para investimentos em outras áreas, como por exemplo na modernização dos centros cirúrgicos. O hospital conta ainda com projetos de eficiência energética que ajudam na conscientização da sociedade para um mundo melhor.
“Somos um hospital conservador, e mesmo no mercado livre, mantemos essa linha. Mas é preciso juntar a pauta econômica com a ambiental, e com isso, pretendemos ser uma instituição carbono neutro até 2027. Hoje conto com um especialista de energia dentro da área de compras do hospital”, disse Moraes.