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A garantia física total de termelétricas a biomassa verificada alcançou 2.701,6 MW médios, valor considerado recorde para a série histórica, de acordo com levantamento feito pela Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen) e a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica). A pesquisa mostrou um acréscimo e 399,8 MWmed, 17% acima do registrado em relação ao ano anterior.

Segundo as entidades, na análise sem levar em conta a entrada dos empreendimentos novos, o balanço também foi positivo, com acréscimo e 93,9 MWmed, ou 4% de crescimento real nas usinas já existentes. O levantamento foi feito com base na portaria do Ministério de Minas e Energia nº 2.848/2024, que define e revisa os montantes de Garantia Física de Energia e de disponibilidade mensal das usinas termelétricas movidas a biomassa com Custo Variável Unitário nulo. Esses montantes de garantia física terão vigência a partir de 1º de janeiro de 2025 com término em 31 de dezembro de 2025.

O presidente executivo da Cogen, Newton Duarte, afirmou que o reconhecimento a garantia física das usinas a biomassa é de suma importância para o país. “A cogeração traz resiliência e provê o sistema de forma distribuída, com potência e com capacidade para enfrentar as oscilações de tensão diante do crescimento da geração de fontes intermitentes na matriz elétrica brasileira no fim da tarde, especialmente as solar-fotovoltaicas”, afirmou Duarte em nota à imprensa.

Já Zilmar Souza, gerente de Bioeletricidade da Unica, destacou o papel da fonte para uma matriz energética mais sustentável. “Esses mais de 2,7 mil MW médios, por serem de uma energia renovável e sustentável, são equivalentes a evitar a emissão de mais de 7 milhões de toneladas de CO2 por ano, marca que somente seria atingida com o cultivo de 51 milhões de árvores nativas ao longo de 20 anos.”, disse o executivo no comunicado.

As duas entidades defendem um ajuste regulatório para que as usinas a biomassa possam ter maior liberdade e negociar os excedentes da cogeração, acima da garantia física, também no mercado livre, onde já comercializa 2/3 da sua energia. “Esse entrave desestimula o aumento da produção, visto que as usinas que excedam sua garantia física ficam limitadas a liquidar esse excedente de energia ao Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) ou vender nos leilões regulados e, em função da significativa judicialização do setor, as usinas acabam levando muitos anos para receber por essa energia excedente”, disse Duarte.