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O Rio Grande do Sul não quer perder as oportunidades da transição energética e está se estruturando. O governador Eduardo Leite (PSDB) esteve no segundo dia do Brasil Windpower, realizado nesta quarta-feira, 23 de outubro, em São Paulo. O estado deve anunciar um plano de desenvolvimento feito pela consultoria McKinsey que terá uma parte dedicada à transição energética. De acordo com Leite, o plano vai orientar as ações do poder público e a articulação com o poder privado.

“Nós deveremos ao longo dos próximos anos, ter um esforço adicional aquilo que nós já vínhamos fazendo para viabilizar empreendimentos do setor de renováveis”, explica.

O Rio Grande do Sul teria um potencial de geração eólica onshore de 103 GW, com ventos acima de 7m/s a 100 metros de altura, e outros 114 GW em áreas offshore. A Fundação Estadual de Proteção Ambiental tem sob seu guarda-chuva 55 projetos em processo de licenciamento, que somam 17,2 GW e investimentos de R$ 100 bilhões.

Segundo ele, ao assumir o governo em 2019, havia um gargalo na transmissão que inviabilizava usinas de energia projetadas para o estado. O licenciamento foi agilizado para que os investimentos fossem antecipados, o que permitiu que o estado tenha hoje 4 GW para escoamento, garantindo a produção no estado. Outro ponto que o governador destacou foi a reforma do código ambiental do estado, de modo a agilizar o licenciamento de renováveis.

O hidrogênio verde também está no radar do governo gaúcho. O potencial do energético no estado poderia ser usado para suprir demandas locais de setores como o de fertilizantes e química.

Os investimentos em Data Centers anunciados no estado em setembro também foram citados por ele, uma vez que, caso o setor avance mais ainda, poderão ser grandes consumidores de energia. O estado gaúcho tem hoje nas renováveis mais de 83% da potência instalada, com a eólica sendo responsável por 16,2% desse total.