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Depois do Sul e Nordeste, a Eletrobras inaugurou nessa sexta-feira, 25 de outubro, o Polo Sudeste do Innovation Grid no Porto Maravalley, localizado no Rio de Janeiro. O hub faz parte da plataforma de conexão e relacionamento da empresa com outros agentes do ecossistema de inovação para soluções escaláveis que ajudem a companhia a gerar valor com novos negócios, redução de riscos, eficiência e segurança operacional, além de sustentabilidade.

“Investimos R$ 500 milhões por ano entre projetos de P&D, iniciativas digitais e atividades com startups. Agora como isso vai ser canalizado para esse novo Polo dependerá das oportunidades e respostas do mercado”, disse o vice-presidente de Inovação, P&D, Digital e TI da empresa, Juliano Dantas, em entrevista ao CanalEnergia após a cerimônia de inauguração.

O certo já é um aporte inicial de R$ 2,4 milhões para eventuais adaptações de infraestruturas tecnológicas no prédio localizado na Zona Portuária. A ideia é que seja um lugar de encontro, com o grande desafio agora recaindo em trazer capital humano, pensando no momento numa série de atrativos. “É difícil fazer inovação remotamente, é preciso olhar no olho, ter confiança”, comenta o CEO do Porto Maravalley, Daniel Barros. A previsão é que os outros dois hubs (Centro-Oeste e Norte) sejam inaugurados até o fim do ano.

Inaugurado em abril, o Porto Maravalley conta com cerca de 10 mil m² divididos em laboratórios, locais para eventos e coworking. A iniciativa integra empresas, startups, investidores e instituições acadêmicas, visando o desenvolvimento de um ecossistema criativo e de transformação para diversos setores da sociedade. Já conta com outras 29 empresas e 150 residentes que, assim como a Eletrobras, participam da iniciativa. Outro destaque é que o projeto irá oferecer curso de graduação gratuito, com meta de formar 100 alunos por ano através da parceria acadêmica com o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa).

A plataforma colaborativa atua com quatro módulos: Spark, específico para estudantes; Partnerships, de pesquisa aplicada para desenvolvimento de produtos com startups e universidades; Tech Transfer, para transferência das tecnologias que são geradas dentro da companhia para alguém no mercado que possa industrializar; e o Power Up, destinado ao mercado mais maduro de startups. “No Tech Transfer a ideia é diminuir ao máximo a exposição de risco, além de que muitas empresas desenvolvem tecnologia que fica na prateleira, por diversos motivos”, sinaliza Barros.

Uma das formas de atuação do hub é lançar desafios semanais adequados para dividir com o ecossistema e até empresas de outras atividades e segmentos, mas que podem ajudar o setor elétrico. Os dois primeiros foram lançados hoje, durante a inauguração.

Um refere-se a um sistema de medição de contratos para execução das obras em campo. O objetivo é dar mais celeridade ao processo, tanto pelo lado do fornecedor, de fiscalização da obra, como do administrador do contrato, num desafio nacional das companhias de engenharia que utilizam o SAP. No caso a Eletrobras desenvolveu uma primeira versão, buscando agora amadurecer algumas funcionalidades para a efetivação de um aplicativo que faça conexões em tempo real.

O outro é o mapeamento automatizado de processos manuais, para maior eficácia dos dados e agilidade no processo. Atualmente são mais de 800 processos desse tipo na companhia, que já realizou 50% desse trabalho mas com muita demora (2 meses) e pouca integração com outras áreas corporativas. Agora a busca é por uma solução conjunta com sua área de Tecnologia da Informação para automação e integração dos processos para uma filmagem que já saia num desenho para a composição de um fluxograma.