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A Auren espera a aprovação dos conselhos de Administração próprio e da AES Brasil nas próximas horas para iniciar os planos para a efetiva incorporação dos ativos da empresa norte-americana, que assim, deixará o Brasil. Para colocar em prática a medida que está dividida em três grandes marcos, a companhia prevê desacelerar o ritmo de aquisições, pelo menos, momentaneamente, até que o processo de união dos negócios das duas empresas ‘esteja nos trilhos’.

Essa declaração é do CEO da Auren Energia, Fábio Zanfelice, transmitida em teleconferência e resultados realizada nesta quinta-feira, 31 de outubro. Segundo o executivo, a companhia continua olhando para as oportunidades de mercado, “mas queremos que a incorporação seja bem feita e nos trilhos. Não precisa estar 100%, mas é necessário que esteja bem avançada e nosso foco é entregar essa integração. Em paralelo, sobre o leilão de capacidade, temos estudado e não demanda esforço da companhia, mas sim do pessoa de implantação. Também olhamos para ativos de transmissão, mas tem apresentar oportunidade que faça sentido e agregue valor para a companhia, ainda mais depois do tamanho que ficará a partir de 1º de novembro com novos ativos”, afirmou ele. “Primeiro temos que entregar para depois dar próximos passos”, acrescentou.

Zanfelice deu poucos detalhes sobre os três marcos apresentados para o plano de integração a AES Brasil. Eles estão divididos em D1, D100 e D365, onde os números representam os dias após a conclusão a operação. o primeiro é efetivamente quando os ativos que eram da AES passarão a compor os ativos da Auren. Nos 100 dias estão relacionados, principalmente, a integração de sistemas que, foi classificado por ele, como uma fase de bastante trabalho – como ocorre em todas as empresas onde ocorre esse tipo de operação. Essas devem ser as primeiras sinergias capturadas. A empresa não relatou o total que esses ganho deverá resultar para a Auren.

“No resto as sinergias que serão capturadas de forma mais rápida, mas ainda depende de organização societária”, pontuou sem detalhes, pois a companhia não poderia falar de assuntos da AES antes da aprovação dos conselhos, em reunião a ser realizada hoje.

De acordo com o plano de opção apresentada os acionistas da AES, 24% do free float, ações negociadas na B3 para investidores minoritários, optaram por exercer o direito de ficar com ações da Auren. Assim, a companhia viu aumentar seu free float em 11% em uma captação de R$ 550 milhões.

Já o plano de 365 dias terá como foco o plano de continuidade e sobretudo da captura de sinergias e aumento de eficiência operacional.

Zanfelice destacou que esses planos foram elaborados por equipes das duas empresas, com participação e consultorias contratadas. O objetivo foi o de integrar as operações e identificar talentos em áreas de estrutura organizacional, manutenção e TI. Foram mais de 350 pessoas envolvidas, destacou a Auren. Nos três horizontes de tempo são mais de 3,6 mil ações de integração.

Os valores de redundâncias e um eventual PDV não foram revelados. Contudo, a empresa afirmou que já mapeou o processo de transição, bem como as sinergias. “Precisamos de transação concluída para falar”, finalizou Zanfelice.

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