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O consumo de energia no Brasil atingiu os 46.281 GWh em setembro de 2024, nível 4,1% maior ante o mesmo mês de 2023. Na análise da EPE, a indústria lidera a alta no consumo com taxa interanual de 5,8% em setembro de 2024. Consumo residencial e comercial também crescem. O consumo acumulado nos últimos 12 meses foi de 557.906 GWh, alta de 7,2% na comparação com igual período anterior.
No setor industrial, houve um consumo de 16.898 GWh, o segundo maior de toda a série histórica desde 2004, perdendo apenas para agosto. Todas as regiões do país consumiram mais: Sudeste (+6,4%), Sul (+5,8%), Centro-Oeste (+5,6%), Nordeste (+5,0%) e Norte (+3,8%). A alta do consumo alcança 28 dos 37 setores monitorados. Destaque para metalurgia (+366 GWh; +9,4%), que respondeu sozinha por quase metade de toda expansão do consumo da indústria no período, com crescimento dividido entre a produção de alumínio e a siderurgia. Papel e celulose (+77 GWh; +9,6%), produtos de borracha e material plástico (+79 GWh; 8,3%), produtos de metal (31 GWh; 8,1%) e extração de minerais metálicos (+80 GWh; 6,7%) também cresceram acima da média da indústria.
Já o consumo nas residências foi de 14.217 GWh em setembro de 2024, uma alta de 3,9% frente ao mesmo mês de 2023. Segundo a EPE, temperaturas acima da média, ondas de calor, baixa umidade e falta de chuvas em grande parte do país contribuíram para a ampliação do consumo da classe. A adição no número de consumidores devido a novas ligações e reclassificação por distribuidora local e avanço no emprego e renda também auxiliaram na elevação do consumo. Todas as regiões registraram taxas positivas de consumo de eletricidade residencial no mês: Norte (+8,0%), Sul (+5,9%), Centro-Oeste (+4,4%), Sudeste e Nordeste (+2,8%, ambos).
Por outro lado, a classe comercial registrou um consumo de 8.130 GWh, uma adição de 1,5% contra setembro de 2023, sendo a menor taxa desde fevereiro de 2023. O desempenho positivo do setor de comércio e serviços influenciaram no crescimento do consumo da classe no mês de setembro. Com exceção do Centro-Oeste (-4,5%), todas as outras regiões consumiram mais: Norte (+4,6%), Sudeste (+2,3%), Nordeste (+2,2%) e Sul (+0,1%).
Quanto ao ambiente de contratação, o mercado livre, com 20.223 GWh, respondeu por 43,7% do consumo nacional de energia elétrica em setembro, com crescimento de 11,6% no consumo e de 43,8% no número de consumidores, na comparação com setembro de 2023. O Nordeste foi a região que mais expandiu o consumo (+13,4%) e o número de consumidores livres (+66,4%).
Já o mercado regulado das distribuidoras, com 26.058 GWh, respondeu por 56,3% do consumo nacional em setembro, queda de 1,1%. O número de unidades consumidoras aumentou 1,2% no período, apesar da migração de consumidores para o mercado livre. No mercado regulado, o Norte registrou a maior expansão do consumo (+4,1%) e número de consumidores cativos (+3,4%).
Rio Grande do Sul
Após o impacto das fortes chuvas e as inundações históricas que atingiram o estado do Rio Grande do Sul em maio, as estatísticas de consumo de eletricidade têm se atenuado. De acordo com a EPE, o consumo no estado cresceu 4,3% em setembro, em relação a setembro de 2023, alta próxima a registrada pelos outros estados da região, o que indica a retomada da normalidade das atividades na região. As classes residencial e comercial tiveram as maiores expansões no consumo de 8,3% e 5,0% em setembro, respectivamente. Já o consumo industrial (+4,2%) cresce pelo terceiro mês consecutivo, após retração em maio e junho. Sete dos dez setores mais eletrointensivos expandem, com destaque para os setores de extração de minerais metálicos e papel e celulose.