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Projetos de solar e eólica são esperados para entrar em operação em 2025 e com isso o aumento do curtailment se torna um fator persistente. Com a expansão dessas fontes de energia, a Engie espera um nível equivalente ou maior de cortes de geração para o próximo ano. “Nós ainda temos uma sobreoferta muito expressiva, cuja carga e demanda não acompanharam. Então é esperado sim que se continue um nível bastante elevado de curtailment no ano que vem”, disse o gerente de relações com investidores, Rafael Bósio.
O executo afirmou durante teleconferência com investidores, realizada nesta quarta-feira, 06 de novembro, que é difícil ter uma bola de cristal para imaginar o quanto vai ser exatamente esse nível de curtailment. “Porém estamos preparados, com a vantagem de um portfólio diversificado, tanto geograficamente quanto por tecnologia. Temos uma participação muito expressiva em hidrelétricas, que de certa forma compensa também esse corte não desejado das eólicas e solares”, destacou.
Para a Engie, o curtailment não é um problema exclusivo do Brasil e isso acontece em todos os países. De acordo o diretor financeiro da companhia, Eduardo Takamori, além do nível de sobreoferta, o desenho de mercado não estimula uma competição um pouco mais clara e naturalmente se torna mais desafiador viabilizar novos projetos. “Mas a Engie não tem um problema técnico conceitual de conviver com o curtailment, pois ele acontece todos os países onde a gente atua”, explicou.
Leilões
A Engie deve olhar para os leilões que devem ocorrer em 2025, porém Takamori destacou que a companhia não tem um target máximo para transmissão. “Vamos participar do leilão de transmissão, temos um time dedicado para analisar e desenvolver projetos”, declarou.
Já com relação ao leilão de capacidade do próximo ano, a companhia pretende participar, porém irá depender das condições do edital para saber se conseguirão ser mais ou menos competitivos. Além disso, através do edital, eles devem avaliar quais ativos conseguem contribuir, pois a Engie Brasil possui dois em condições de colaborar, tanto Salto Santiago quanto Jaguara.
E para finalizar o assunto de leilão, a companhia também tem o interesse em participar do certame de armazenamento de energia em bateria. Takamori afirmou durante a teleconferência que a Engie já possui essa operação de bateria em outras regiões. “Nós sabemos operar, conhecemos a tecnologia e vamos olhar sim. Na medida que o governo e os órgãos de planejamento indicarem com mais clareza quais são as condições do edital, a gente vai poder ter uma visão um pouco mais clara também da nossa participação”, ressaltou.
TAG
Sobre as expectativas e planejamento para o relacionamento com a investida TAG, a Engie acredita que esse foi um investimento oportuno que fizeram há cerca de cinco anos. Contudo, a companhia não tem expectativa de aumentar a participação na TAG porque não é o foco do negócio da empresa.
Entretanto, a Engie avalia a longo prazo vender a sua a sua participação na TAG. Segundo Takamori, a TAG é um ativo que contribui, está bem alocado, tem uma boa gestão, tem seus desafios de revisão tarifária, mas é um empreendimento, uma empresa bem administrada e que não tem sentido se desfazer dessa posição agora.