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O Grupo Enel reportou lucro líquido ordinário dos nove meses de 2024 de 5,8 bilhões de euros, em comparação com 5 bilhões de euros no mesmo período do ano anterior, uma alta de 16,2%. A variação, explica a empresa, reflete o desempenho positivo das operações ordinárias, juntamente com uma redução nas despesas financeiras líquidas e uma diminuição na incidência de interesses não controladores. O lucro líquido aumentou ainda mais quando comparado aos 4,3 bilhões do intervale de janeiro a setembro de 2023, alta de 38%.
O EBITDA ordinário nos nove meses de 2024 totalizou 17,4 bilhões de euros, um aumento de 6,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com a empresa houve uma forte contribuição dos resultados positivos das operações dos negócios integrados (Enel Green Power, Thermal Generation e End-user Markets), com alta de mais de 1,1 bilhão de euros, liderados pelo desempenho da energia renovável, que se beneficiou da normalização progressiva do mercado de commodities, bem como da boa disponibilidade de recursos renováveis. Também registrou melhora na margem da Enel Grids como resultado de maiores volumes de investimento.
Essa mesma linha do balanço, mas relacionadas aos negócios integrados nos nove meses de 2024 totalizou 11,7 bilhões de euros, um aumento principalmente atribuível à maior geração renovável (8 TWh), em particular de fontes hidrelétricas, solares e eólicas principalmente na Itália, Espanha, Brasil e Chile, à receita de novas usinas nos Estados Unidos e ao impacto negativo no mesmo período de 2023 de medidas regulatórias na Itália. Além disso, o EBITDA ordinário da Geração Térmica diminuiu como resultado de menores quantidades geradas e um declínio nos preços médios das commodities de energia.
No segmento de redes da Enel o resultado operacional ordinário ficou em 5,9 bilhões de euros, uma queda de 122 milhões de euros em comparação com os nove meses de 2023. Essa variação, explicou a Enel, refletiu principalmente a mudança no escopo de consolidação entre os dois períodos em análise resultante da venda das atividades de distribuição na Romênia e Peru, bem como a indenização por rescisão de concessão recebida nos nove meses de 2023.
As receitas nos nove meses de 2024 totalizaram 57,6 bilhões de euros, queda 17,1% em comparação com o mesmo período de 2023. Essa redução, argumentou a empresa, também reflete os efeitos das mudanças no escopo de consolidação entre os dois períodos em análise, é atribuível a um contexto de mercado caracterizado por preços em declínio juntamente com menores quantidades de eletricidade produzida na Geração Térmica e menores quantidades de eletricidade e gás vendidas nos ‘End-Users Markets’.
A variação negativa, continua em seu release de resultados, foi apenas parcialmente compensada por um aumento nas receitas da EGP com pouco mais de 1,3 bilhão de euros como resultado de um aumento nas quantidades geradas e vendidas de fontes hidrelétricas, solares e eólicas na Itália, Espanha e América Latina. E ainda, a maiores receitas obtidas por novas usinas na América do Norte e Enel Grids com 1,7 bilhão.
As vendas de eletricidade nos nove meses de 2024 totalizaram 208,7 TWh, uma redução de 8,8%, mas o índice quando se coloca em base comparável mostra redução menor, de 4,5%. Mais especificamente, isso refletiu menores quantidades vendidas na Romênia e Peru como resultado da venda de operações de varejo. Houve redução também na Itália e Espanha, reflexo de uma redução no consumo por unidade e o fim do mercado regulado na Itália. Na América Latina, a Argentina reduziu o consumo mas isso foi compensado pelo aumento nos volumes vendidos no Brasil, Colômbia e Chile.
Nos nove meses de 2024, a capacidade instalada líquida eficiente total do Grupo chegou a 80,8 GW, 600 MW a menos do que o fechamento do ano passado. A redução deve-se à desmobilização de usinas térmicas (1,1 GW), hidrelétricas (0,8 GW) e eólicas (0,1 GW), principalmente após a alienação de várias empresas de geração no Peru. Essa venda foi parcialmente compensada por um aumento na capacidade solar líquida (1,4 GW) na Itália, Espanha, Brasil, Colômbia e Estados Unidos.
Já em geração líquida do Grupo Enel nos nove meses de 2024 o volume foi de 147,24 TWh, redução 2,8% na mesma base de comparação. Houve aumento de 8,03 TWh na geração de fontes renováveis (4,89 TWh de energia hidrelétrica, 1,39 TWh eólica, 2,05 TWh solar e redução de 0,3 TWh de outras fontes renováveis. Na fonte térmica o declínio foi de de 19,04 TWh. E assim elevou ainda mais a proporção de renováveis entre as fontes de produção da companhia.
Os investimentos chegaram a 7,6 bilhões de euros nos nove meses de 2024, 13,2% a menos quando comparado ao mesmo período de 2023. A Enel Grids recebeu 4,2 bilhões de euros, 54,7% do total, e Enel Green Power ficou com 2,6 bilhões de euros, 29,6% do total. A redução em comparação com os nove meses de 2023 é principalmente atribuível ao foco aprimorado das despesas de capital, em linha com as prioridades definidas no Plano Estratégico 2024-2026, e à conclusão substancial das atividades do sistema de armazenamento de baterias na Itália.
A dívida financeira líquida em 30 de setembro de 2024 totalizou 18,9 bilhões de euros, uma redução de 1,2 bilhão de euros em relação ao valor de 31 de dezembro de 2023.