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Vendo que seu maior potencial de crescimento pelos próximos três anos virá do segmento de serviços, a Aeris Energy está reestruturando sua área de ferramentais específicos, buscando aumentar o leque de soluções e também a capilarização de mercado para além do Brasil e Estados Unidos. “Temos analisado também outros setores e estudando novos produtos enquanto passamos por um momento não tão bom para as pás”, disse o CEO da companhia, Alexandre Negrão, durante teleconferência nessa quinta-feira, 7 de novembro.
Após retomar as exportações nesse último trimestre, o executivo afirma que a empresa espera uma fonte de renda dolarizada mais forte vinda do mercado internacional, buscando ampliar sua participação na Argentina, México, Chile, Colômbia e Guatemala. “Nossos serviços estão contínuos e o Ramp-Up de duas novas linhas de produção caminhando bem”, comentou Negrão, informando que as novas concepções devem ficar maduras no começo do segundo trimestre do ano que vem.
Efeito Trump
Questionado sobre os impactos da eleição de Donald Trump sobre o avanço dos negócios da fabricante nos Estados Unidos, o CEO afirma que vê o resultado com bons olhos. Primeiro porque consolida um fechamento maior de fronteiras com a China, criando mais barreiras tarifárias para um competidor com o mercado brasileiro. Também prevê uma queda na curva de juros e um crescimento mais acelerado da economia norte americana, o que deve alimentar a necessidade de mais energia eólica.
“Apesar do Trump não ser a favor de eólica, os programas colocados pelo Biden precisam do Congresso para serem desmontados, o que afetaria estados republicanos como o Texas”, pondera Negrão. Por fim, ele destaca que caso o novo presidente diminua incentivos para a indústria dos aerogeradores, haverá uma corrida acentuada para acelerar as instalações com os subsídios. Assim, a ideia é que a vitória de Trump traga uma demanda acelerada nos próximos anos.