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O Ministério de Minas e Energia informou que pretende avançar nas discussões para a adoção da flexibilidade como novo critério de suprimento ao Sistema Interligado Nacional. A Empresa de Pesquisa Energética iniciou os estudos para a criação de um novo indicador, que deve ser aprovado pelo Conselho Nacional de Política Energética até o final de 2025.
A flexibilidade é um atributo cada vez mais necessário ao sistema elétrico, pois está relacionada à capacidade de resposta em tempo real à necessidade de atendimento à ponta de carga, especialmente em razão do forte crescimento de fontes renováveis variáveis como solar e eólica.
O indicador vai mensurar os recursos disponíveis com capacidade para atendimento à rampa de carga. Hidrelétricas e térmicas são atualmente as duas fontes capazes de prover essa resposta ao sistema, garantindo o equilíbrio entre demanda e oferta.
O tema foi discutido pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, na reunião mensal desta quarta-feira, 7 de novembro, como mostrado ontem pelo CanalEnergia. A proposta da EPE vai passar por consulta pública e também será debatida em workshops promovidos pelo ministério.
Período chuvoso
O Operador Nacional do Sistema Elétrico indicou ontem, na reunião do CMSE, a necessidade de mobilização de recursos adicionais entre novembro de 2024 e janeiro de 2025, para o atendimento à demanda máxima do sistema, em razão de temperaturas elevadas e baixa geração eólica. Além de mais geração termelétrica, o ONS conta com o mecanismo de resposta da demanda, pelo qual as indústrias podem fazer ofertas de redução do consumo em determinados períodos do dia, e com a importação de energia elétrica de países vizinhos.
De acordo com o ministério, o CMSE também tratou do atendimento emergencial aos municípios amazonenses de Anamã, Caapiranga e Codajás, afetados pela estiagem na região. O MME não informou, no entanto, que medidas foram aprovadas pelo comitê.
Dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) mostram que o período chuvoso já se configurou na região Sudeste e Centro-Oeste, mas há um atraso na região Norte. O cenário para o norte do país deve se manter nas próximas semanas.
O mês de outubro terminou com armazenamento de aproximadamente 44% no SIN, e a expectativa para o fim de novembro é de 40,7% da energia armazenada máxima, no cenário menos favorável, e de 43,9% para o mais favorável.