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A CPFL Energia registrou no terceiro trimestre um lucro líquido de R$ 1,3 bilhão, uma alta de 1,5% quando comparado ao mesmo período do ano passado. Nos nove meses, o resultado da companhia está quase estável, leve queda de 0,5%, onde os ganhos somam quase R$ 4,2 bilhões até o final de setembro.
O resultado ebitda trimestral da companhia foi de R$ 3,2 bilhões, alta de 0,7% em relação a igual período de 2023. No acumulado dos nove meses do ano, o resultado foi de R$ 9,9 bilhões, crescimento de 1,4% em relação ao mesmo período de 2023.
O mercado faturado, considerando as vendas na área de concessão, registrou um aumento no volume, crescimento de 4,1% no terceiro trimestre, resultado do desempenho das classes residencial, comercial e industrial, que apresentaram crescimento de 4%, 4,3% e 4%, respectivamente. Na análise da companhia deve-se a um melhor momento econômico e ao aumento da temperatura no estado de São Paulo.
Na classe industrial, os segmentos que mais demandaram e consumiram energia no período foram o químico, plástico e da borracha, produtos metálicos e veículos. Os números da CPFL registram recuperação também foi no Rio Grande do Sul, com a retomada da atividade econômica do estado após as chuvas em abril e maio desse ano.
Já a inadimplência das distribuidoras permaneceu em patamar mais elevado, resultando em um indicador de 1,22% (PDD/Receita de Fornecimento). Esse resultado deve-se principalmente às altas temperaturas, que elevaram o ticket médio das faturas dos clientes, além da impossibilidade de execução de cortes no estado do Rio Grande do Sul, em decorrência das enchentes que acometeram o estado.
O resultado operacional em distribuição continua como o mais representativo da companhia com R$ 1,7 bilhão, uma queda de 3,5% na comparação trimestral. Já no ano, esse valor está em alta de 0,6% e acumula R$ 5,9 bilhões. Em geração no trimestre essa linha do balanço mostra R$ 1,1 bilhão e no ano é de R$ R$ 2,9 bilhões.
A receita operacional líquida no trimestre ficou em R$ 10,8 bilhões, crescimento de 8,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já no acumulado do ano esse índice está 5,1% acima do reportado em 2023 e soma R$ 30,7 bilhões.
A área de geração gerou a maior parte do lucro trimestral com R$ 674 milhões, alta de 12,4%, distribuição caiu 13,3%, para R$ 523 milhões, transmissão respondeu por R$ 213 milhões. No ano esses segmentos apresentam ganhos de R$ 1,6 bilhão, R$ 2,2 bilhões e R$ 440 milhões, respectivamente.
Na Geração, apesar de condições de vento bem mais favoráveis do que as registradas no mesmo período do ano passado, as restrições impostas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS (curtailment, no jargão do setor), promoveram um recuo no volume de energia eólica faturada. Desconsiderando o impacto das restrições impostas, a geração teria apresentado um aumento de 19,5% na quantidade gerada pelas eólicas do Grupo.
Quanto à Transmissão, na análise regulatória, houve queda no valor do Ebitda por conta da revisão tarifária, que já era prevista pela CPFL. Para o ciclo 2024-2025, as transmissoras do grupo receberão o valor de R$ 1,057 bilhão de RAP (Receita Anual Permitida).
A carga de energia na área de concessão da CPFL ficou em 17.656 GWh, alta de 2,4% ante 2023. No ano o crescimento é de 4,9%. O mercado cativo e o livre estão mais próximos, com leve vantagem para o ACR conforme a tabela abaixo.
Fonte: CPFL Energia
No terceiro trimestre, os investimentos totalizaram R$ 1,5 bilhão, representando um aumento de 17,8% em relação aos mesmos três meses do ano passado. Desse montante, 76% foram direcionados ao negócio de Distribuição, visando à expansão, melhoria e modernização das redes das quatro concessionárias do grupo.
Em comunicado, a empresa reforçou que a estimativa é atingir um Capex de R$ 28,3 bilhões, nos próximos cinco anos, visando robustecer a qualidade do serviço e modernizar as redes de distribuição e transmissão.
Novo RI
O conselho da CPFL elegeu Wang Kedi para ocupar o cargo de Diretora Vice-Presidente Financeira e de Relações com Investidores. Ela cumprirá mandato remanescente até a primeira Reunião do Conselho de Administração a ser realizada após a Assembleia Geral Ordinária de 2025. Gustavo Estrella, CEO da empresa, deixa de acumular interinamente o posto.