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A Vale está ampliando suas contratações de gás natural diretamente com fornecedores no mercado livre. Nos últimos dias, a mineradora assinou acordos com a Eneva e a Origem Energia, permitindo a execução da estratégia de ter, até 2025, cerca de 90% do insumo consumido pelas operações da empresa no Brasil por meio desse modelo de contratação. É um avanço em relação a 2024, quando o percentual demandado a partir dos novos contratos nas operações da empresa foi de cerca de 20%. Outros contratos ainda devem ser fechados nas próximas semanas, decorrentes do consumo já existente em Minas Gerais.

As duas fornecedoras firmaram contratos para abastecer até dezembro de 2025 a Unidade Tubarão, em Vitória (ES), responsável por cerca de 60% de todo o consumo do combustível pela companhia. No local, operam seis plantas de produção de pelotas e uma de briquete de minério de ferro. E uma segunda planta de briquete será inaugurada no início do próximo ano.

Este é o primeiro acordo do tipo na Origem Energia, controlada pela Prisma Capital, sendo também o primeiro cliente na região Sudeste, demonstrando a competitividade da molécula proveniente da produção onshore. O fornecimento será iniciado ainda neste mês, ampliando o volume até atingir 300 mil m³/ dia durante 2025, sendo responsável por aproximadamente 50% do consumo migrado na planta.

Atualmente, a empresa detém a concessão de uma infraestrutura integrada que contempla 300 km de dutos de escoamento, uma unidade de processamento de gás natural (UPGN), sete estações produtoras e coletoras de petróleo e gás natural, 14 concessões de campos maduros e 18 blocos exploratórios. No Polo Alagoas, também desenvolve o projeto de estocagem subterrânea de gás natural em campos depletados. Segundo a Origem, a Vale é um exemplo de cliente que poderia se beneficiar da estocagem subterrânea de gás, que visa atender à crescente demanda por soluções flexíveis, de forma a oferecer mais liquidez e segurança aos players.

Já para a Eneva, trata-se do primeiro grande contrato com um cliente industrial utilizando o portfólio da Mesa de Gás e a infraestrutura do Hub Sergipe, após a sua conexão à malha da TAG. Em 2022, a Vale já havia fechado um acordo com a Eneva com cinco anos de duração para converter sua planta de pelotização em São Luís (MA) de óleo combustível. As obras de adequação estão sendo finalizadas e a previsão é que a usina comece a operar a gás via mercado livre até o final deste ano. Foi informado que a mudança resultará em uma redução de emissões de carbono na ordem de 28%, representando um ganho de descarbonização, além da vantagem competitiva.

No ano passado, a Vale assinou contratos de pequenos volumes e curtíssimo prazo com diferentes fornecedores no mercado livre. Na sequência, foram firmados os primeiros acordos de suprimento regular com diferentes supridores, visando atender a uma fração da demanda da planta de Vitória em 2024. A multinacional tem alguns projetos envolvendo a energia elétrica, seja para descarbonizar suas operações com hidrogênio, ou para reduzir sua demanda elétrica por meio de baterias.