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Nos últimos três anos, contratos de longo prazo no mercado livre de energia renovável para abastecimento de data centers no Brasil somaram 330 MW médios, com transações que ultrapassam R$ 7,7 bilhões. Os dados fazem parte de um mapeamento da consultoria Clean Energy Latin America (CELA).
O balanço também mostrou um total de 11 contratos de longo prazo assinados, sendo sete alocados no modelo de autoprodução de energia e mais quatro no sistema de PPAs (Power Purchase Agreement), celebrados entre consumidores e geradores de energia renovável que comercializam no Ambiente de Contratação Livre (ACL), também chamado de mercado livre de energia.
Para a CEO da CELA, Camila Ramos, o Brasil é hoje um importante polo para o desenvolvimento do mercado de renováveis para data centers e novas tecnologias de inteligência artificial e hidrogênio verde, dada a alta competividade e disponibilidade das fontes solar e eólica frente ao mercado global. Ela ainda explicou que trata-se de um volume bastante expressivo de contratos de longo prazo com data centers no Brasil, ao considerar o curto espaço de tempo das efetivações, de três anos, para um setor que começa a despontar no país.
Além dos data centers
No início do ano, a CELA estruturou um mapeamento do total de contratos de longo no mercado livre de energia no último ano, num total de 23 negócios fechado entre geradores e grandes consumidores de vários setores econômicos. Essas transações equivalem a 969 MWm contratados, um crescimento de 63% em relação ao ano anterior, quando foram registrados um patamar de 594 MW médios.
Em 2023, o volume financiado por instituições financeiras dos PPAs assinados foi de R$ 5,4 bilhões, de acordo com o relatório da CELA. Já a quantidade de contratos teve uma leve queda, de 27 acordos em 2022 para 23 no exercício seguinte.