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A Enel planeja investir 43 bilhões de euros no período de 2025 a 2027. O plano  foi apresentado nesta segunda-feira, 18 de novembro, no evento anual Capital Markets Day e transmitido via internet. O maior valor desse montante será dedicado a redes, com 62% do total, geração ficará com 28% e o restante será dividido entre varejo e outras linhas de negócios. Esse volume representa uma elevação de cerca de 20% quando comparado ao plano de 2024 a 2026. A América Latina será o destino de 19% do total dos aportes, algo como 8,2 bilhões de euros.

Em redes a empresa destinará 26 bilhões de euros globalmente, aumento de 40%. A maior parte, ou 62% dos recursos será destinado à Itália, 16% à Espanha e 22% para a América Latina, montante que soma 5,7 bilhões de euros para os três anos à frente. Esse montante representa um aumento de 2 bilhões de euros ante o plano anterior.

De acordo com o CEO da Enel, Flávio Cattaneo, o foco dos investimentos em redes deverá ser de resiliência, no desenvolvimento  da qualidade e mirando o aumento dos retornos para a companhia. Não houve um detalhamento do plano para o Brasil especificamente.

Em geração, a Enel pretende investir globalmente 12 bilhões de euros. Do total desse Capex previsto, a America Latina ficará com 16% ou quase 2 bilhões de euros, é o mais baixo percentual entre os 4 mercados que são Itália, Espanha, Estados Unidos e América Latina, nessa ordem.

O foco da empresa será o de valorizar a eólica e armazenamento enquanto a solar perde relevância. Serão 4 GW a menos em solar e 2 GW a mais em eólicas. Outro destaque é que neste plano a empresa deverá terminar com 66 GW em capacidade instalada total e em 2027 a ideia é chegar a 76 GW.

O segmento de armazenamento supera hidrelétricas em potência instalada e se aproxima de solar. Serão 2,3 GW em armazenamento, 700 MW em hidrelétricas e 3,2 GW em solar enquanto eólica fica com 5,7 GW nos investimentos do período. Cattaneo reforçou que, em 2040, a Enel será neutra em emissões. Em 2027 está o horizonte para a empresa deixar a geração a carvão.

Do valor investido em geração 46% estão destinados a eólicas, 13% na fonte solar, 6% em baterias, 13% em hidrelétricas, 15% em capex destinado a manutenção de ativos e 7% classificados como outros usos dos recursos.

Já o segmento de clientes deverá ser o destino de 2,7 bilhões de euros, 85% desse valor serão aplicados em países onde a companhia possui operações integradas. Segundo a empresa, as ofertas serão  agrupadas e adaptadas às necessidades do cliente e geografias, aproveitando a expansão e valorização de novos negócios.

Nesse segmento de novos negócios está a criação de uma nova empresa com foco em ativos de conexão para desbloquear mais valor para a empresa, atividades de O&M para ativos de conexão existentes, construção de novos ativos nessa linha. Data Centers foram citados nesse segmento para agregar valor com base na experiência da companhia em infraestrutura.

A Enel pretende chegar a 2027 com um resultado operacional na faixa entre 24,1 a 24,5 bilhões de euros. O lucro projetado nesse período está estimado entre 7,1 a 7,5 bilhões de euros, enquanto a alavancagem deverá ficar em 2,5x a relação entre a dívida líquida e o resultado ebtida.

No período do Plano, o Ebitda Ordinário acumulado do Grupo deverá ultrapassar 70 bilhões de euros, dos quais cerca de 90% (cerca de 64 bilhões de euros) resultarão de atividades regulamentadas ou contratadas, reduzindo riscos e aumentando a visibilidade dos resultados futuros.