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A reunião do G20, que acontece nos dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro, terá uma sessão dedicada a transição energética e ao desenvolvimento sustentável. O grupo, que é considerado o principal fórum de cooperação econômica internacional, é composto por 19 países mais a União Europeia e a União Africana, que representam cerca de 85% PIB mundial, mais de 75% do comércio mundial e dois terços da população mundial. A reunião da cúpula vai contar com a presença de líderes como os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden; da França, Emmanuel Macron, e da Turquia, Recep Erdogan.
O Ministério de Mina e Energia, por conta do Brasil ocupar a presidência do G20, participou de vários eventos do Grupo de Trabalho da Transição Energética ao longo de 2024. Desdefevereiro, quando o GT de Transição Energética foi aberto, aconteceram encontros sendo que o último, em Foz do Iguaçu, reuniu os Ministros de Energia do grupo.
Nessa reunião, foi aprovada uma declaração conjunta que prevê o apoio à implementação de esforços para triplicar a capacidade de renováveis e dobrar a taxa média global anual de melhorias em eficiência energética via metas e políticas existentes, além de apoiar a implementação de outras tecnologias de emissão zero e baixa emissão, de acordo com as circunstâncias nacionais até 2030.
Esse compromissos tem o objetivo de aumentar a segurança energética e acelerar os processos. O GT de Transição Energética do G20 não assinava uma declaração de compromissos desde 2021.
Por conta da presença dos chefes de Estado, o momento será de muitas reuniões bilaterais com o presidente Lula. Ontem, foi realizada uma com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, em que se conversou sobre a Enel, player de energia que tem participação do estado italiano, e a necessidade de avanços na melhoria do serviço prestado pela empresa, em especial em São Paulo, por conta de todos aqueles problemas após fortes chuvas.
Outra reunião importante será com presidente norte-americano Joe Biden, amanhã de tarde. No encontro, comenta-se que deverá ser lançada uma parceria sobre energias renováveis entre os dois países. A execução e os detalhes dessa possível parceria despertam curiosidade, já que o grupo de Biden perdeu a eleição para Donald Trump, que retirou os EUA do Acordo de Paris quando presidiu o país.
Ainda em paralelo ao G20, também há a expectativa que o Brasil assine com a Argentina um Memorando de Entendimento para desenvolver infraestrutura e interconexão para exportações de gás natural. Será criado um grupo de trabalho bilateral para identificar as medidas necessárias para viabilizar a oferta de gás natural argentino, em destaque para o Gás de Vaca Muerta.
Durante a Cúpula, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e o Asian Infrastructure Investment Bank (AIIB) assinaram, nesta segunda-feira, 18 de novembro, Memorando de Entendimento para a disponibilização de R$ 16,7 bilhões do AIIB ao BNDES para investimentos no Brasil. A meta é complementar o financiamento de projetos alinhados ao Fundo Clima e ao Novo PAC. No caso do Novo PAC, os projetos devem promover a integração econômica entre o Brasil e Ásia nos setores de infraestrutura de transporte, conectividade energética e digital, água e saneamento.