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O Ministério de Minas e Energia (MME) anunciou a assinatura de um Memorando de Entendimento que conta inicialmente com 16 empresas, universidades e centros de pesquisa do Brasil e China. O objetivo da Aliança para Inovação e Compartilhamento Tecnológico no Setor Elétrico é promover intercâmbio de informações e tecnologias que aprimorem o setor elétrico dos dois países. Um dos próximos passos é o envio de uma missão técnica de especialistas brasileiros à China, para analisar soluções de alta capacidade para transmissão de energia.
“Essa cooperação com a China traz também resultados efetivos para combatermos a desigualdade e a pobreza”, comentou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, durante coletiva de imprensa realizada nessa segunda-feira, 18 de novembro, no encontro do G20, dando como exemplo a aproximação do gigante asiático com a África para criação de mais empregos e renda por meio de soluções ligadas a transição energética.
No caso, o memorando assinado contempla diversos agentes, como o Operador Nacional do Sistema; Empresa de Pesquisa Energética; Cepel; Universidade Federal Fluminense; Fundação Coordenação de Projetos, Pesquisas e Estudos Tecnológicos (COPPETEC); InovaUSP; CET Brazil Equipamentos de Energia Elétrica e Tecnologia LTDA; CPFL Energia; State Grid; Nari Brasil; EPPEI Brasil; China Electric Power Research Institute; Tsinghua University; State Grid Economic And Technological Research Institute; North China Eletric Power University e a Wuhan University.
Acordos com Emirados Árabes, Egito e Malásia
Questionado sobre a aproximação com outros países, o ministro destacou novos acordos bilaterais de energia com Emirados Árabes Unidos, Egito e Malásia, sem dar muitos detalhes, mas afirmando que o presidente Lula quer revigorar essa bilateralidade que aconteceu no passado.
“Estamos estudando um memorando para estabelecer a instrumentação adequada para exploração de minerais críticos destinados a indústria da descarbonização”, informou Silveira com relação aos Emirados Árabes, que, segundo ele, demonstra muita disposição para os biocombustíveis. Já no caso da Malásia a ideia é seguir com a diminuição de emissões de CO2 da indústria petrolífera.
Nuclear para Data Centers
Alexandre Silveira também comentou que o mundo irá precisar de três vez mais energia para o advento dos Data Centers e Inteligência Artificial, citando estudo da EPE, e afirmando que a energia nuclear será imprescindível através dos pequenos reatores nucleares. “Temos urânio em abundância e tecnologia, mais do que uma Petrobras enterrada em solo brasileiro”, disse o ministro.
Ele destacou que atualmente o setor elétrico brasileiro gasta mais com o transporte do óleo diesel para os sistemas isolados do Amazonas do que propriamente com as usinas térmicas do estado. E que por enquanto, Rússia, China e Estados Unidos vem liderando os avanços dos SMRs, com Cingapura vindo em seguida, de uma forma mais embrionária.