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O mercado livre de energia tem viabilizado a expansão do setor elétrico brasileiro. Um levantamento feito pela Abraceel deu números de qual é essa participação. Segundo dados da entidade, do estoque de projetos de geração centralizada com “sinal verde” para entrar em operação comercial até 2030, 15,4 GW – o equivalente a 68% do total de usinas com obras já iniciadas – são destinados ao atendimento do ACL.
As usinas com “sinal verde”, explica a associação, são uma fração do total de projetos de geração já outorgados pela Aneel, cujo banco de dados registra 157,2 GW de potência em usinas que têm a perspectiva de entrar em operação comercial no período entre 2024 e 2030. Desse volume, 93% são previstos para o mercado livre de energia. Apenas 5,2% da produção está com destinação para o mercado regulado e a parcela restante está alocada para reserva ou ainda sem definição.
Dados exclusivos do BNDES apurados para o estudo revelam que, do total dos projetos eólicos e solares com financiamento contratado pelo BNDES entre 2018 e 2024, com capacidade total de 11,2 GW, 83% (9,2 GW) foram destinados para o mercado livre de energia, dos quais 45% (5 GW) são suportados por comercializadoras.
O estudo da Abraceel considerou bancos de dados e informações oficiais de instituições como Aneel, EPE, CCEE e BNDES. Foram consideradas apenas usinas centralizadas, cuja oferta é registrada pela Aneel como “verde” no acompanhamento da expansão da geração que a agência reguladora faz. A metodologia englobou as usinas com obras já iniciadas e que entram em operação ainda nesta década. O estudo não considera a expansão da geração descentralizada e exclui usinas centralizadas sem previsão de entrada em operação ou com obras paralisadas.
O cálculo da parcela de energia destinada ao mercado livre das usinas que também estão contratadas no Ambiente de Comercialização Regulada (ACR) foi apurado com base nos resultados consolidados dos leilões de energia elétrica divulgados pela CCEE.
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