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Durante o encontro do presidente Lula com o presidente chinês Xi Jinping, foram assinados 37 atos internacionais que contemplaram várias áreas, entre elas a de energia. De acordo com o governo brasileiro, a expectativa do país é diversificar o perfil da cooperação bilateral, buscando novas áreas na fronteira do conhecimento, como inteligência artificial, semicondutores, enfrentamento à mudança do clima e na transição para energias limpas, sobretudo eólica, solar e biomassa. Além disso, há interesse em expandir elos entre universidades, por meio de intercâmbio de alunos e pesquisadores. O país já havia acertado parcerias para acordo bilaterais com empresas e universidades chinesas.
Para que os acordos sejam implementados, Lula garantiu que uma Força-Tarefa sobre Cooperação Financeira e outra sobre Desenvolvimento Produtivo e Sustentável serão estabelecidas e vão apresentar projetos prioritários em até dois meses, além dos esforços mantidos para dar seguimento ao Diálogo Mercosul-China e ao aprofundamento da cooperação na área de investimentos.
Foram assinados memorandos de entendimento entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e a Autoridade de Energia Atômica da China sobre Cooperação Estratégica em Aplicações de Tecnologia Nuclear; com o Ministério de Minas e Energia e a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da República Popular da China sobre Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável da Mineração; com o MCTI e o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da República Popular da China sobre Cooperação na Indústria Fotovoltaica e da Petrobras, Coppe/UFRJ, CNOOC e Universidade Chinesa do Petróleo para o desenvolvimento de novas tecnologias de exploração e produção de óleo, gás natural, energias renováveis, recursos do oceano e tecnologias de baixo carbono.
Na pauta do encontro também foram incluídos temas como sinergias entre políticas e programas de investimento e desenvolvimento dos dois países, como a Nova Indústria Brasil, o Programa de Aceleração do Crescimento, o Programa Rotas da Integração Sul-Americana, e o Plano de Transformação Ecológica e a Iniciativa Cinturão e Rota.
A parceria oficial entre os dois países já dura meio século, além de manterem forte relação na coordenação de organismos internacionais, como Organização das Nações Unidas e Organização Mundial do Comércio, além de grupos como G20 e Brics.
Lula ressaltou que o país asiático é o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009. No ano passado, o comércio bilateral atingiu recorde histórico de US$ 157 bilhões de dólares. O superávit com a China é responsável por mais da metade do saldo comercial global brasileiro.
De acordo com o presidente chinês, sendo os dois maiores países em desenvolvimento em seus respectivos hemisférios, China e Brasil devem assumir proativamente a grande responsabilidade histórica de salvaguardar os interesses comuns dos países do Sul Global e de promover uma ordem internacional mais justa e equitativa.