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A CPFL Energia inaugurou, nesta quinta-feira, 21 de novembro, a CampusGrid, uma microrrede que integra diversas tecnologias de geração e armazenamento de energia. Com um investimento total de R$ 45,3 milhões em pesquisa e implementação, o projeto também abrange outras duas microrredes na cidade de Campinas. A iniciativa conta com a colaboração de algumas instituições, como a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), o Instituto Avançado de Tecnologia e Inovação (IATI), o China Electric Power Research Institute (Cepri) e a Hexing.

Para o presidente do Grupo CPFL Energia, Gustavo Estrella, o desafio atual é o tema da transição energética e da segurança energética. “Eu acho que esse projeto é fundamental para que a gente realmente consiga avançar com estudos, trazendo tecnologia, para que possamos, em larga escala, aplicar essa tecnologia e usar cada vez mais a geração renovável”, disse o executivo.

Segundo o executivo, o setor inteiro vai ter que se organizar para trabalhar com a geração renovável. E ele vê esse projeto como uma tecnologia limpa e barata. “Precisamos realmente criar condições para que possamos usar ela com segurança energética. Esse aqui é um desafio do mundo hoje, não é só nosso.

O projeto faz parte da pesquisa e desenvolvimento da própria CPFL, apoiada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e foi instalado no campus da Unicamp, em Campinas, São Paulo. Com economia anual de aproximadamente R$ 450 mil para a Unicamp e contribuição significativa para a redução de emissões de CO₂, a CampusGrid demonstra o impacto positivo da parceria. “Estamos comprometidos em desenvolver soluções que beneficiem tanto nossos clientes quanto o meio ambiente, preparando o sistema elétrico para os desafios do futuro”, ressaltou Estrella.

A microrede, em um dia ensolarado e com boa geração de painéis solares, tem capacidade de manter as cargas com energia própria ao longo do dia. E mesmo na situação de maior consumo, sem geração solar, a bateria tem capacidade de manter o fornecimento de energia por pelo menos 2 horas. Já em casos mais extremos, onde a queda de energia dura várias horas, a microrrede pode selecionar o cargas mais críticas e priorizá-las, acionando um gerador a gás natural para manter a energia fornecimento até que a rede elétrica seja restaurada.

A CampusGrid atende duas bibliotecas, um ginásio multidisciplinar e a Faculdade de Educação Física do Campus, integrando geração solar fotovoltaica, baterias de íons de lítio e um gerador a gás natural. Projetada para operar conectada à rede da CPFL Paulista ou de forma autônoma, ela assegura energia mesmo em interrupções no fornecimento.

Além da CampusGrid, o projeto da CPFL Energia contempla mais duas iniciativas. A primeira, também na Unicamp, é a NanoGrid, uma microrrede instalada no Laboratório de Redes Elétricas Inteligentes (LabREI), voltada para testar aplicações do sistema em residências. A segunda é a Congrid, uma microrrede localizada em um condomínio residencial no distrito de Barão Geraldo, que beneficia 47 residências com geração solar e um sistema de armazenamento em baterias, capaz de manter o fornecimento ao longo de todo o dia.

Data Centers

O Ministério de Minas e Energia (MME) recentemente destacou um aumento significativo na demanda impulsionada por projetos de data centers com processos abertos para acesso à rede básica. De acordo com as projeções, a demanda do setor pode alcançar até 9 GW até 2035, refletindo o crescimento acelerado e a transformação digital que estão moldando o futuro do mercado de energia.

Estrella declarou durante o evento que diante deste cenário, a CPFL Energia está de olho nesse mercado e vê o Brasil com uma vantagem competitiva devido a oferta de energia limpa, barata e renovável. “Nosso desafio é como receber esses investimentos e preparar a rede, não só de energia, mas também de telecomunicações, para que a gente consiga ter o ambiente propício para investimento em data center”, finalizou.