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O Brasil responderá pela maior parte dos investimentos da Enel Americas. O aporte previsto é de US$ 7,5 bilhões na América Latina entre 2025 e 2007, desse valor, 66% serão destinados ao país. O valor apresentado é 35% maior do que o do plano anterior. Colômbia ficará com 23% e Argentina com 10% dos investimentos. Em apresentação realizada na manhã desta sexta-feira, 22 de novembro, a companhia afirmou que o foco será fortalecer as redes e investir em energia renovável.

Segundo o CEO da companhia, Aurelio Bustilho, os investimentos irão aumentar em todas as regiões, sendo cerca de 82% dos aportes em redes, 15% em renováveis e 4% em serviços. “Queremos fortalecer as redes, dar andamentos nas concessões e renovações focando na qualidade das redes e maximizando os retornos. Faremos uma abordagem seletiva em energia renovável, buscando otimizar riscos e retorno”, disse.

A Enel Americas pretende melhorar a qualidade dos serviços oferecidos aos seus clientes e ter uma rede mais resiliente e melhor preparada para enfrentar os eventos climáticos que são observados nas regiões apresentadas.

Investimentos em redes

Bustilho destacou que a companhia conseguiu fazer uma rápida transformação em uma empresa muito mais renovável e sustentável. Segundo o executivo, os investimentos em redes, incluindo novas ligações, digitalização e eficiência, estão contribuindo para criar as redes elétricas do amanhã, seguras, resilientes e confiáveis. E destacou que a geração continua a ser o motor da alocação de capital e os investimentos são direcionados para o que há de melhor.

Em redes, o Capex da companhia atingirá os US$ 6,1 bilhões entre os anos de 2025 e 2027, um aumento de 61% em reação ao apresentado para o ano de 2024/2026. O Brasil será o foco principal com 75% do total dos investimentos, seguido por Colômbia com 13% e Argentina com 12%. Segundo Bustilho, o aumento dos investimentos em rede levará o RAB (Regulatory Asset Base) a crescer dos atuais US$ 12,4 bilhões para US$ 13,9 bilhões no final do período analisado.

Os clientes em rede aumentarão 5%, atingindo perto de 24 milhões ao final do período planejado, enquanto a energia distribuída atingirá 111 TWh, um aumento de 5% no período. Já as perdas de energia serão reduzidas de 12,7% para 11,8% em média graças aos investimentos em novas tecnologias que a companhia esta implementando. No Brasil, essas perdas ficaram da seguinte forma: Ceará sairá dos 15,1% para 14,6%, São Paulo dos 10,1% para 9,5% e Rio de Janeiro dos 19,8% para 19%. Segundo o executivo da Enel Americas, os medidores inteligentes têm um papel significativo nesses números e eles continuarão com a implantação desta tecnologia.

A companhia pretende investir cerca de US$ 4,6 bilhões em distribuição no Brasil para os próximos três anos, sendo US$ 2,4 bilhões em São Paulo, US$ 1,2 bilhão no Ceará e US$ 1 bilhão no Rio de Janeiro. A companhia pretende aumentar cerca de 61% seus investimentos nesse segmento.

Geração

Em geração, Bustilho destacou que a companhia tem um foco mais seletivo nos novos negócios de desenvolvimento em geração, visando rentabilidade estável e atrativa. Ela adicionará uma nova capacidade de 600 MW, o que representa um aumento devido aos projetos em execução na Colômbia (Guayepo II, Guayepo III e Atlântico). “Na Colômbia, as condições para investimentos estão melhorando e confirmamos recentemente a nossa intenção de continuar crescendo no país”, afirmou.

Com relação ao Brasil, o executivo declarou que o cenário de preços e algumas questões operacionais estão fazendo com que o ambiente atual de investimentos não seja tão atrativo neste momento, mas que observa para os próximos anos uma melhora na situação.

Oportunidades e venda de ativos

O executivo também destacou que acredita que tem muitas oportunidades pela frente no setor energético. Em 2023, a Enel Americas conclui a venda de ativos de usinas térmicas na Argentina e no primeiro semestre deste ano finalizou os processos de venda dos ativos de geração e distribuição no Peru. “Em relação ao Brasil e a Argentina, não daremos continuidade ao processo de venda dos nossos ativos, pois eles permanecerão como parte de nossa empresa. Agora temos uma estrutura mais simplificada com foco em países onde vemos um melhor alinhamento com a nossa estratégia e avançando no nosso objetivo de transição energética com matriz de geração próxima de 100% renovável. Com esse novo perímetro poderemos entregar resultados operacionais sólidos e ter flexibilidade financeira para enfrentar nossos próximos desafios sempre alinhados aos nossos pilares estratégicos”, explicou.

Renovações de concessões no Brasil

Quando questionado sobre a renovação de concessão no Brasil, Bustilho afirmou que tudo está caminhando na direção correta, bastante alinhado com as expectativas deles, mas ressaltou que este é um processo para todas as distribuidoras e não apenas para o Grupo. “Na nossa visão está tudo muito acertado com relação ao processo, incentivando o capex, a qualidade do fornecimento e mais alinhado com os eventos climáticos que estamos vivenciando no mundo, principalmente no Brasil”, disse.

Data centers

Para finalizar, a companhia acredita que o Brasil é definitivamente um bom candidato para aproveitar esta oportunidade com data centers e estão acompanhando proativamente essa frente e veem que pode ser uma boa oportunidade. Segundo o CEO da Enel Americas, eles estão vendo concorrentes nesse mercado e que, infelizmente, não estão muito bem como eles.