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A Copel anunciou que seu plano de investimentos para no ano que vem envolverá R$ 3 bilhões, sendo mais de R$ 2,5 bilhões para a área de distribuição de energia, principalmente para melhorias no atendimento ao cliente. Segundo o diretor de regulação e mercado, André Gomes, um dos objetivos é capturar ganhos com glosa zero na revisão tarifária de 2026, já que os aportes serão remunerados no processo, pensando também na revisão que acontecerá em 2028.

O diretor-geral da concessionária, Marco Antonio Villela, ressaltou que a empresa como quarta maior do país no segmento, reunindo mais de 213 mil km de rede e 5 milhões de consumidores, com o agronegócio respondendo por 20% do quadro. Na parte de modernização, destaque para 25 mil km de rede trifásica até fim de 2025 e um parque atual com 24 mil religadores automáticos.

“40% de nossos alimentadores (1.246) contam com self-healing, beneficiando 45% dos clientes e melhorando os indicadores de qualidade da companhia, com 0,600 e 0,451 de DEC e FEC evitados”, informou o executivo durante o Copel Day nessa terça-feira, 26 de novembro. Os slides das apresentações constam nesse link.

Questionado sobre qual seria a solução para o aumento da Geração Distribuída na concessão, o presidente Daniel Slaviero disse que o momento das distribuidoras virarem pequenos ONS vem chegando cada vez mais perto, salientando o Paraná com a segunda menor tarifa do mercado regulado e o segundo maior nível de penetração da GD. “Mesmo com essa conjuntura nosso mercado na distribuidora cresceu 8%”, contrapõe.

André Gomes roga que o primeiro passo é a modalidade não contar mais com subsídios, admitindo que a inserção massiva está fazendo a empresa iniciar as discussões interna sobre entrada no negócio. “A rede já chegou no limite e já fazemos estudos de minigeração para reforço do sistema, chegando agora na micro, que em algumas regiões terá custo para o consumidor e o cliente que está se conectando”, complementa Villela.

Novos negócios

Já o diretor de estratégia, novos negócios e transformação digital da Copel, Diogo Mac Cord, disse que leilão de reserva de capacidade, aluguel de postes para o setor de telecomunicações e medição inteligente são as principais apostas para extrair valor de ativos operacionais. “A Copel é a empresa que mais fatura com empresas de telecom no Brasil, com mais de meio bilhão de reais”, diz o executivo.

No caso do certame previsto para 2025, a Copel pode participar com três hidrelétricas renovadas, perfazendo 4,2 GW, além das possibilidades de ampliação em Foz do Areia e Segredo, somando mais 5,1 GW e 6,3 GW. E analisa outros ativos que possam gerar mais valor, assim como no caso das UHEs com os espaços ociosos.

Na parte de medição inteligente, foram mais de R$ 800 milhões aplicados para mais de 1 milhão de equipamentos (62% da concessão), abrindo oportunidades para novos produtos e serviços. Para 2025, a previsão é de mais 700 mil instalações. “Estamos ampliando a jornada dos clientes, preparando a versão 2.0 do nosso aplicativo, que terá uma série de novas experiências monetizáveis, o que pode gerar um valor enorme”, afirma Mac Cord, indicando que a companhia recebeu em poucas semanas mais de 800 mil acenos de clientes que desejam contar com novos serviços.

Por fim, Daniel Slaviero reafirmou que o foco da companhia em extrair valor de seus ativos no curto e médio prazo, ponderando que em algum momento no longo prazo novas oportunidades serão efetivadas naquilo que mais fizer sentido para a estratégia corporativa. “Nossa crença é que o setor vai crescer muito na direção de data centers, H2, eletromobilidade”, conclui.