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A carga no Sistema Interligado Nacional em dezembro deve registrar aumento de 0,5%, de acordo com dados divulgados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico na Reunião do Programa Mensal da Operação, nesta quinta-feira, 28 de novembro. O valor ficou abaixo da revisão anterior, de +0,9%, enquanto a previsão da segunda revisão quadrimestral 2024-2028 era de queda de 0,9%.

Para janeiro do ano que vem, a variação no SIN deve ficar em 3,4%, abaixo da previsão da revisão quadrimestral, de 6,6%. No ano, a expectativa de aumento é de 5,3%, acima do esperado na revisão anterior, de 4%.

No Sudeste/ Centro-Oeste, a estimativa é que em dezembro seja verificado um recuo de 2,9% na carga, acima da expectativa anterior do PMO, de queda de 1,3%, mas em linha com a da segunda revisão quadrimestral, de variação negativa de 3%. Em janeiro, o subsistema deve ter aumento de 1% na carga, valor bem abaixo da estimativa anterior, de 6,6%. Em 2024, o aumento na carga fica em 4,6%, acima dos 3,2% da previsão anterior.

A carga no subsistema Norte terá o resultado mais expressivo, com aumento de 11,8%. O valor ficou um pouco acima da previsão anterior do ONS, de 11,3% e bem acima do que era esperado pela segunda revisão quadrimestral do PMO, de 5,8%. Em janeiro, a carga deve crescer 10,5%, mais que o dobro esperado pela revisão quadrimestral, de 4%.

A variação anual da carga na região deve ficar em 8,4%, acima dos 7,2% da estimativa anterior.

Na região Sul, a expectativa de variação de carga para dezembro é de um aumento de 4,8%. Essa perspectiva é superior aos 1,8% da previsão anterior e do que era esperado na revisão quadrimestral, de 2,1%.

No mês que vem, a carga no Sul crescerá 9,5%. O percentual é inferior ao da última estimativa, de 10,7%. Para 2024, a subida na carga fica em 5,7%, acima do esperado na revisão, de 4,6%.

Segundo o ONS, a carga na região Nordeste terá um aumento de 1,4%. A expectativa está pouco abaixo do 1,7% da revisão anterior e da queda de 0,5% prevista na segunda revisão quadrimestral. Para janeiro de 2025, deverá haver um aumento de 1,2%, abaixo dos 3,9% divulgados na revisão quadrimestral.

A variação anual esperada no submercado é de 5,4%, acima dos 4,7% anteriormente previstos.

A política de operação energética para dezembro no Sudeste/ Centro-Oeste será de dimensionar a geração para controle de nível e atendimento das novas resoluções da Agência Nacional de Águas, com a concentração da geração na carga pesada.

Na região Nordeste, a geração será dimensionada para atendimento as restrições hidráulicas e exportação de energia para os outros subsistemas. No Norte, haverá alocação dos recursos em função das afluências.

Já na geração Sul, a produção também será dimensionada para controle de nível e alocação de folga da potência monitorada nas usinas do Uruguai.

Na reunião também foi destacada a incerteza sobre o fenômeno La Niña, que tem como característica o atraso período úmido. A condição de neutralidade permanece no Oceano Pacífico Equatorial e as previsões mais recentes indicam a ocorrência de chuvas abaixo da média nas bacias do Tocantins, Xingu e São Francisco e perto da média nas demais.