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No próximo dia 4 de dezembro, terá início a primeira fase da construção do Porto Central, no Espírito Santo. Localizado na cidade de Presidente Kennedy, a Fase 1 custará R$ 2,6 bilhões e o investimento total do projeto será de cerca de R$ 16 bilhões. Com um modelo multipropósito, o Porto terá uma área de 120 hectares e capacidade para integrar operações com renováveis, como solares e eólicas offshore, incluindo projetos ligados ao hidrogênio.

De acordo com a Gerente Comercial Jessica Chan, o Porto está localizado em uma região favorável para renováveis, o que se torna diferencial para outros portos. Segundo ela, há empresas estudando o desenvolvimento de projetos, com destaque para as eólicas offshore. Em um raio de 100 km, são mais de 30 GW dessa fonte que já solicitaram licença junto ao Ibama.

“O Porto Central vem se colocando junto a essas empresas para ser um apoio de infraestrutura”, explica. O Porto tem ainda 13 berços projetados e licenciados para granéis líquidos que poderão exportar hidrogênio no futuro.

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Há um acompanhamento dos marcos legais do hidrogênio verde e das eólicas offshore. O primeiro já foi aprovado, mas o segundo ainda necessita do aval do Senado. Segundo a executiva, os projetos de hidrogênio estariam em fases posteriores do porto, operando a partir de 2030, em linha com o que vem sendo anunciado sobre os projetos que envolvem o energético.

O GNL também estará presente no empreendimento. O Terminal do Porto pode se conectar com até 5 GW de centrais a gás, em desenvolvimento na zona oeste da planta através de um corredor do sistema de gasodutos. A conexão com gasodutos Gasene e Gascav, além da transmissão estão próximos da área portuária, oferecendo uma solução integrada para o Espírito Santo e os Estados do interior.

O desenvolvimento da planta será implementado em fases, alinhado às demandas do mercado e às necessidades dos clientes, garantindo flexibilidade, eficiência e alinhamento estratégico ao crescimento do empreendimento.

A primeira fase será composta pelo Terminal de Granéis Líquidos 1, o Terminal de Serviços para
Atracação de Barcos de Apoio e o Centro de Defesa Ambiental. A conclusão dessa etapa está prevista para meados de 2027, com início da operação em dezembro do mesmo ano. As etapas incluem a conclusão da supressão vegetal, seguida pelas obras de terraplanagem e a implantação do canteiro.

No pico das obras da Fase 1, devem ser empregados até 1.295 trabalhadores diretos, com mais de 70% de mão de obra local. Existe prioridade por fornecedores e trabalhadores da região do porto. O empreendimento tem desencorajado que trabalhadores de outras regiões migrem em busca de oportunidades.