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Avaliando o ano de 2024 como desafiador, o diretor geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Marcio Rea, viu melhora nos níveis dos reservatórios das UHEs e prevê que três subsistemas terminem o ano com volume acima de 40%. SE/CO com 48,7%, Nordeste com 46,8% e Sul com 60,5%. Em coletiva a jornalistas na última quinta-feira, 12 de dezembro, o diretor de operação Christiano Vieira destacou que a condição é boa para o atendimento do sistema no verão.
Segundo ele, ainda é difícil prever os volumes de chuvas no período úmido, por ele se intensificar em janeiro e fevereiro. Mas o cenário que vem se desenhando até o momento é positivo para o verão. “Se seguir essa toada que temos hoje é um sinal bastante auspicioso”, comenta.
O melhor cenário previsto para o fim do período chuvoso coloca os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste com volume de 88%. Já o pior cenário deixa os níveis em 41%, seis pontos percentuais acima de 2021, ano da última crise hídrica.
Ainda de acordo com o diretor do ONS, o ano foi desafiador por causa das enchentes no Rio Grande do Sul, em que a resiliência da rede teve que garantida, assim como o atendimento a região da grande Porto Alegre. “Houve perdas de mais de 40 elementos da rede, entre subestações e linhas, mas foi um esforço bastante exitoso “, avalia.
A seca no rio Madeira, na região Norte, também foi citada por ele. O rio chegou a níveis mínimos, mas a minimização da geração das UHEs da região garantiu o atendimento a ponta o sistema.
Durante a coletiva, a diretoria do ONS também defendeu a realização de leilões de reserva de capacidade anuais. Havia a previsão que um LRCAP acontecesse este ano e embora o ministro Alexandre Silveira tenha prometido em várias ocasiões que ele aconteceria em 2024, a previsão não se concretizou e agora o certame é aguardado para 2025.
Segundo Rea, o ONS também pleiteia para o ano que vem um leilão de baterias para armazenar a energia renovável. Para ele, a contratação devera partir de 500 MW.
Outro ponto levantado pelo diretor geral do operador durante coletiva foi a necessidade da conclusão da usina nuclear de Angra 3. A usina, que está com o canteiro de obras parado dede 2015, está na iminência de retomar as obras. A decisão deveria ter sido tomada na última reunião do CNPE nesta semana, mas foi adiada para a semana que vem.
“Está localizada perto do centro de carga, o Sudeste traz maior segurança para o sistema. O preço da energia é muito mais barato que os das térmicas que operamos”, observa Vieira.