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O verão 2024/2025 promete trazer um cenário climático típico, mas com nuances que exigem atenção. A estação começa oficialmente no dia 21 de dezembro de 2024, às 06h21 (horário de Brasília), com o solstício de verão. A temporada deverá ser marcada por altas temperaturas, pancadas de chuva intensas e de instabilidade em diversas regiões do Brasil.

De acordo com a Tempo Ok, as temperaturas podem ficar cerca de 2ºC acima da média histórica, que considera o período de 1991 a 2020. Contudo, se confirmado esse patamar, serão mais amenas do que no último verão, que foi um dos mais quentes já registrados no Brasil.

As maiores anomalias serão registradas no centro-norte do Brasil. As chuvas também podem ultrapassar a média histórica, especialmente no centro-sul do país, mas devem ser irregulares, alternando-se com períodos de sol e calor.

No Nordeste são esperados dias ensolarados e com anomalias positivas de temperatura. Já o Sul e parte do Sudeste deverão enfrentar um período mais chuvoso, resultado da influência de sistemas transientes — áreas de instabilidade que trazem precipitações frequentes, sobretudo na primeira quinzena da estação. Nas demais regiões as temperaturas máximas devem estar próximas à média climatológica em grande parte dos dias.

Após o dia 20 de janeiro, o centro-norte do Brasil passa a mostrar condições favoráveis para a ocorrência de chuva. Entre fevereiro e março, as precipitações devem se deslocar para o Norte, com acumulados acima da média, especialmente no interior de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, interior do Nordeste, Tocantins e sul do Pará.

La Niña?

O Pacífico Equatorial, que vinha com um leve resfriamento no mês passado, segue nessa tendência nos próximos meses, o que mantém uma condição para La Niña fraco até o mês de março, ou seja, mesmo se o fenômeno se configurar agora em dezembro, não irá durar por muito tempo, portanto irá influenciar pouco as condições de chuva no Brasil.

Por isso, a Tempo OK prevê que as águas do Oceano Atlântico serão as maiores responsáveis pela chuva no país por estarem mais aquecidas. Essa condição favorece o retorno da umidade para o interior do Brasil, devido a aproximação da ZCIT. As temperaturas mais elevadas do Atlântico, na costa do Sudeste e na costa leste do Nordeste, especialmente no leste da Bahia, favorecem a chuva nestas regiões, pois funcionam como fonte de umidade local.

Apesar do predomínio do sol, a alta umidade favorece a formação das tradicionais pancadas de chuva no fim da tarde que trazem alto potencial para causar transtornos significativos.

Energia renovável no verão

Os meses de verão serão caracterizados por frentes frias transitando rapidamente, especialmente sobre o oceano, o que influencia diretamente o potencial eólico em diferentes regiões do Brasil.

No Sul, a geração eólica ficará desfavorecida, já que os ventos mais intensos permanecerão concentrados no oceano, longe das áreas de maior potencial de aproveitamento terrestre. A ausência de sistemas prolongados no continente também limita a intensidade e regularidade desse recurso na região.

No Nordeste, as condições meteorológicas também podem trazer desafios, especialmente nos meses de fevereiro e março. A proximidade da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é impulsionada pela ocorrência de chuvas frequentes e pelo aquecimento das águas do Atlântico Equatorial. Esse cenário deverá reduzir a consistência dos ventos alísios, afetando a geração de energia em várias áreas.

Enquanto os ventos enfrentam limitações, o verão se apresenta como um período favorável para a geração solar fotovoltaica, devido ao aumento da incidência de radiação em quase todo o Brasil. No Nordeste, os sistemas solares tendem a se aproximar de sua máxima eficiência, especialmente em áreas do sertão, que apresentarão menor cobertura de nuvens e alta intensidade. Já no Sudeste e Centro-Oeste, embora a frequência de chuvas deva ser maior, principalmente no período da tarde, os períodos de sol entre a manhã e início da tarde garantirão uma alta produtividade dos sistemas fotovoltaicos. A região Sul terá condições menos favoráveis especialmente entre dezembro e janeiro, devido à nebulosidade, mas terá condições razoáveis de geração solar na segunda metade da estação.

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