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Com a aprovação na última semana do marco legal das eólicas offshore, a expectativa do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás é que já em 2026 sejam investidos US$ 2 bilhões, ano do possível primeiro leilão de área. Em coletiva a jornalistas nesta segunda-feira, 16 de dezembro, o CEO Roberto Ardenghy celebrou a aprovação e vê uma contribuição do setor de óleo e gás para essa fonte.

Segundo ele, ainda é preciso saber como o poder executivo vai sancionar a lei, por conta dos ‘jabutis’ inseridos. Mas ele acredita que a parte relativa à geração eólica no mar deve ser regulamentada ao longo do ano que vem, o que faz com que 2026 e 2027 sejam os anos da deflagração dos investimentos.

De acordo com ele, há algumas tecnologias de descarbonização com relações com o setor de óleo e gás. A eólica offshore é uma delas, por conta do forte conhecimento acumulado do ambiente marítimo, da biodiversidade e dos ventos. Outro ponto que Ardenghy coloca é que em alguns pontos do litoral brasileiro há estruturas que seriam descomissionadas por já estarem maduras e a produção de petróleo ou gás não se justificar mais, que poderiam ser usadas para as primeiras eólicas offshore.

“Se eu posso transformar aquela unidade que seria desmantelada em uma base para futura produção de eólica offshore, faz todo o sentido econômico, gera uma continuidade daquela estrutura e daquele investimento”, explica.

O CEO do IBP acredita que a maior parte dos investimentos em eólicas offshore virão de empresas de petróleo e gás, por conta dessa expertise. Petrobras, Shell, Total e Equinor são algumas das petroleiras que já sinalizaram positivamente em favor da nova fonte. “Imaginamos que cerca de dois terços dos investimentos serão de empresas que tenha atuação no setor de óleo e gás”.

A fonte eólica offshore está no radar de descarbonização do setor de Óleo & Gás. Segundo o Instituto, a cooperação entre o setor de O&G e o de renováveis permitirá o aproveitamento de sinergias importantes, com ênfase em aspectos tecnológicos, econômicos e sociais. As semelhanças na regulação, licenciamento ambiental, a capacidade de mobilização de grandes volumes de capital e a forte geração de empregos são algumas das sinergia identificadas.

O marco legal das offshore foi aprovado após intenso debate no Senado. O PL havia sido aprovado na câmara com emendas prorrogando subsídios, em especial para fontes fósseis, o que contrariou diversas associações e entidades do setor, que alegavam que isso encareceria a tarifa de energia. O Senado manteve os itens polêmicos.