O ano de 2024 foi marcado por desafios apesar dos números de expansão do segmento solar. Curtailment, elevação de imposto de importação e taxa de câmbio deixaram o setor com o sinal de alerta aceso. De acordo com o presidente executivo da Associação Brasileira da Energia Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia, 2025 deverá também ser desafiador para o segmento que representa.
“Temos a depreciação do real ante o dólar que dificulta negócios do setor. Há também a sinalização e aumento da taxa selic que tende a subir e isso encarece o custo de capital e financiamentos. Uma percepção de aumento de inflação, mas também tarifas de energia em alta”, destacou ele em entrevista ao CanalEnergia Live desta terça-feira,17 de dezembro.
Contudo, Sauaia mostra um relativo otimismo diante do avanço das políticas relacionadas à chamada Pauta Verde, que abrem caminho para diversas ações onde o segmento pode se beneficiar. Entre elas estão a Nova Indústria Brasil, a Política Nacional de Transição Energértica, de descarbonização da Amazônia e ainda a COP 30, que será realizada em Belém, em novembro de 2025. Segundo o executivo, esse evento global pode ainda atrair mais ambição ao país em relação às metas de redução de emissões do país.
Outro assunto de destaque para 2025 é a questão da valoração de atributos ambientais da GD que deverá ser calculada pela Aneel. Segundo dados da Absolar essa conta é positiva para o consumidor de energia.
Veja a íntegra da entrevista:
“Esse processo está atrasado, demorou mais de um ano no CNPE, mas o texto é positivo e adequado. Agora está na Aneel que me parece estar preparando uma análise técnica dos custos e benefícios e com o resultado de quanto vale essa energia de fato, sem onerar o consumidor”, relata. “Nós já apresentamos as nossas contas para Aneel e MME e essa conta é superavitária e resulta em economia para os consumidores de mais de R$ 84 bilhões no horizonte decenal”, afirma.
Em termos de expansão, a expectativa de 2025 é de que o mercado deverá crescer 13,2 GW a serem adicionados à matriz elétrica. Se os números da Absolar se confirmarem serão 8,6 GW em GD e outros 4,6 GW na modalidade MMGD, o que levaria a fonte solar a 64,7 GW em operação.
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