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Estudo elaborado pela Wärtsilä mostra que em comparação com o caminho de renováveis e armazenamento de energia, a implantação de usinas flexíveis reduzirá o custo futuro dos sistemas elétricos em até 42%, o que equivale a € 65 trilhões até 2050. O relatório Crossroads to Net Zero traz dois caminhos de 2025 a 2050 com o objetivo de reduzir as emissões e limitar o aquecimento global, conforme o Acordo de Paris.
O primeiro cenário traz apenas eólica, solar e armazenamento de energia na matriz. Já no segundo, entram no sistema tecnologias de geração flexíveis, com acionamento rápido e somente quando necessário para apoiar as fontes intermitentes.
O primeiro caminho mostra que um sistema com geração flexível tem vantagens nos custos e na redução de CO₂. Os valores ficam em € 65 trilhões ou uma média de € 2,5 trilhões por ano até 2050. O valor
equivale a mais de 2% do PIB mundial de 2024.
Na comparação entre cenários, a adição de geração flexível pode reduzir as emissões totais acumuladas de CO₂ do setor energético entre hoje e 2050 em 21% ou 19 Gt, na comparação com o cenário que adota renováveis e armazenamento.
O relatório sinaliza que a eficácia das renováveis ainda pode ser ampliada caso sejam apoiadas por usinas flexíveis, para balancear o sistema durante momentos de escassez de recursos naturais.
A modelagem usada no estudo mostra que o uso de geração flexível permite uma otimização aprimorada do sistema elétrico, resultando em 88% menos curtailments devido à não utilização de energias renováveis em momentos de abundância até 2050, em comparação com o caminho de renováveis e armazenamento. No total, 458 mil TWh de cortes seriam evitados, o suficiente para abastecer o mundo inteiro com o consumo atual de eletricidade por mais de 15 anos.
De acordo com Anders Lindberg, Presidente da Wärtsilä Energy & Vice-presidente Executivo, é preciso agir para integrar os níveis e tipos certos de tecnologias flexíveis em nossos sistemas elétricos. Segundo ele, isso significa eliminar rapidamente ativos inflexíveis e fazer a transição para combustíveis sustentáveis. Para o executivo, as flexíveis são cruciais para alcançar níveis mais altos de energia renovável.
Sobre o Brasil, o estudo cita a seca de 2024 e a necessidade da confiabilidade segurança do sistema. A Wärtsilä salienta que tecnologias flexíveis, como motores de combustão interna, podem apoiar a expansão acelerada das renováveis, especialmente nos períodos como esse, sendo tecnologicamente avançados e acessíveis.
A Wärtsilä recomenda a contratação de capacidade flexível para que o sistema nacional tenha a resiliência necessária para lidar com momentos de escassez das renováveis, sem comprometer a estabilidade e sustentabilidade. Alcaide já havia revelado ao CanalEnergia que em 2025 a prioridade da companhia será direcionada ao leilão de capacidade, uma vez que o certame será disputado e competitivo, tornando-se um foco de oportunidades de negócios.