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A Thymos Energia afirma ter assessorado 30% dos contratos firmados de autoprodução no Brasil em 2024, representando 258 MW médios. O trabalho inclui assessoria técnica, regulatória e comercial. A consultoria observou um aumento da procura pela modalidade nos últimos anos, principalmente por conta do Projeto de Lei 414/2021 que propõe alterar a isenção dos encargos setoriais para novas unidades de autoprodução. “Embora o modelo por equiparação seja o mais comum, notamos também um crescimento na procura por arrendamento de ativos”, comenta o diretor de Novos Negócios, Jovanio Santos.
Apesar de vantajoso, tornar-se autoprodutor de energia é uma jornada complexa que envolve aspectos multidisciplinares, com análise de ativos e riscos, de perfis de consumo e da regulação vigente. Além disso, são contratos longos, de duração média de 15 anos. Entre os assessorados, a Thymos prestou seus serviços para a V.tal, empresa de infraestrutura digital, e as geradoras Atlas Renewables e Atiaia Renováveis para uma sociedade abrangendo dez usinas fotovoltaicas, somando 947 GWh.
A Thymos apoia os consumidores com uma estruturação feita em sete etapas: diagnóstico e viabilidade financeira, consulta ao mercado e a avaliação das propostas, negociação de Memorando de Entendimentos (MoU), modelagem econômica e financeira, diligência técnico-regulatória, revisão técnico-regulatória dos contratos e gestão da implantação do ativo.
Já a unidade de negócios da empresa voltada para o mercado de M&A também realiza a estruturação de projetos de autoprodução, mas para geradores. A ideia é apoiar a venda de ativos, identificando consumidores com perfil adequado para a característica de cada projeto de geração, entre outros serviços visando os negócios.
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estima que a autoprodução deverá atingir 91,8 TWh em 2034, equivalente a uma taxa anual de crescimento de 2.4%. Para a entidade, os setores que devem liderar esse movimento de expansão da autoprodução são os de celulose, a siderurgia e a petroquímica. Já a Thymos também destaca o setor de data centers, lembrando que o Ministério de Minas e Energia já registra 9 GW de demanda somando pedidos de conexão desse segmento até 2035.