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Iniciando em 21 de dezembro, o verão deverá ter temperaturas mais amenas e chuvas acima da média histórica em grande parte do país. As projeções apresentadas pela Nottus nessa quinta-feira, 19 de dezembro, mostram que a recuperação dos reservatórios irá continuar com pelo menos 80% das vazões no Sudeste, atingindo as principais bacias hidrográficas do setor. O cenário climático será diferente do registrado em 2023/2024, quando a seca e as altas temperaturas predominaram devido à influência do El Niño. A previsão é de precipitações num patamar de 900 milímetros no acumulado da estação do ano, diminuindo gradativamente até maio.
Questionado pelo CanalEneriga sobre possíveis impactos desse maior volume para o segmento de distribuição de energia, o sócio-diretor e meteorologista da Nottus, Alexandre Nascimento, pontua que existe esse risco, citando casos nessa semana no Mato Grosso, Rio Grande do Sul, e que está acontecendo a formação de um importante corredor de umidade no eixo Sudeste, Centro-Oeste e chegando ao Norte. Em uma avaliação recente da Climatempo, a previsão desse impacto para interrupções na rede elétrica foi minimizado, com menos temporais e chuvas mais distribuídas ao longo dos dias.
Dezembro começou com chuvas expressivas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país, contribuindo para o aumento dos níveis dos reservatórios (Nottus)
“São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro podem ter um impacto gigantesco para a GD com cinco ou seis dias de pouquíssima luminosidade até o fim do ano”, aponta o executivo, afirmando que as menores temperaturas também podem impactar na redução no uso de ar-condicionado pela população e uma consequente menor carga líquida. E que por outro lado, a geração eólica no Nordeste será beneficiada, com menos chuvas e ventos favoráveis na região.
Em linhas gerais, a avaliação da Nottus é de que o clima está em uma fase de neutralidade, sem influência dos fenômenos El Niño ou La Niña. No entanto, segundo dados do CPC-NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration), as chances de ocorrência de La Niña aumentam para 72% no trimestre de dezembro a fevereiro, mas com uma perspectiva maior de fraca intensidade. E a condição ainda conta com 51% de probabilidade de se manter até abril de 2025.