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A hidrelétrica de Itaipu inaugurou seu novo Sistema de Telemetria Hidrometeorológica (STH), possibilitando a supervisão da usina, além de auxiliar no planejamento e programação da geração de energia. O processo de modernização, iniciado em 2020, envolveu a troca de 40 estações remotas por novas unidades, e mais 18 novas estações, resultando em uma nova rede de 58 pontos equipados com dispositivos que permitem comunicação via satélite, utilizando o serviço INMARSAT, ou, em alguns casos, comunicação via rádio.

Além disso, aquelas consideradas mais críticas possuem unidades de backup para garantir o funcionamento em caso de falha, como as estações R11-Monday, localizada logo após a confluência dos rios Paraná e Iguaçu, e de Puente de La Amistad. Segundo a empresa, a nova configuração conta com sensores, dataloggers e um sistema de transmissão mais rápido e confiável, contribuindo para a otimização da produção de energia e segurança operacional.

O processo teve coordenação da Superintendência de Engenharia e envolveu todas as superintendências da Diretoria Técnica em um trabalho conjunto de brasileiros e paraguaios. O servidor onde roda a aplicação utilizada para o gerenciamento e obtenção das informações foi modernizado e atualmente se encontra virtualizado em uma estrutura provida pelo Sistema Integrado de Rede Industrial. A novidade está integrada ao sistema de supervisão, controle e aquisição de dados (da sigla em inglês, SCADA) e às aplicações do SOM (Sistemática de Operação e Manutenção) do ativo.

Para aprender a utilizar o sistema e aproveitar todas as suas capacidades e funcionalidades, bem como para garantir sua operação e a manutenção adequadas, a equipe da binacional recebeu treinamentos específicos. E também uma ação estruturante: a reforma dos abrigos civis destinados à instalação dos postos remotos.

Planejamento

O planejamento para a contratação das obras teve início em meados de 2018, com visitas em todas as estações para levantamento dos serviços necessários. Após as visitas, foi verificado que a melhor opção executiva era construir uma estação mais robusta, que suportasse as cheias e, também, o peso dos equipamentos. Com isso, a primeira ideia de reforma foi substituída com a construção dessa nova estação.

Binacional agora possui 58 estações equipadas com dispositivos que permitem comunicação via satélite ou rádio em alguns casos (Itaipu)

Em colaboração entre as quatro superintendências da Diretoria Técnica, foi desenvolvida uma nova solução que permitiu dinamizar a localização dos abrigos, substituindo as estruturas civis de alvenaria ou pré-moldado por estruturas metálicas do tipo poste. A nova abordagem possibilitou a alteração da altura da caixa protetora dos equipamentos nas estações remotas, proporcionando maior proteção contra vandalismos e cheias históricas.

A companhia ainda reporta diversas complexidades para a execução do projeto, desde secas a cheias, bem como dificuldades de acesso aos locais, como no Parque Nacional de Ilha Grande. As obras começaram em outubro de 2020, em meio à pandemia, desafiando também as equipes a realizar viagens e fiscalizar os trabalhos com as restrições que havia na época.

A iniciativa também contou com o importante suporte da área de Meio Ambiente da Diretoria de Coordenação da Itaipu que apoiou nos processos de licenciamento ambiental, para uso e ocupação das novas estações remotas localizadas em território brasileiro. E também com o Departamento de Contratos da Diretoria Jurídica, para a atualização e ampliação dos contratos com os proprietários das terras onde as estações seriam instaladas.

Terceira geração

Essa é a terceira versão do sistema de telemetria hidrológica de Itaipu. O primeiro foi instalado na época de construção da usina, em 1982, com o uso de sensor pneumático, transmissão de dados via rádio e repetidoras, totalizando cinco estações, sendo uma estação em Guaíra e outra em Capanema.

A segunda versão entrou em operação em 2002, com ampliação da rede para os principais rios afluentes da bacia incremental, totalizando 40 estações remotas. Até aquele momento, a operação da UHE utilizava os dados coletados pelos leituristas, três vezes por dia. Com essa atualização do STH, foi possível melhorar as previsões de afluência com a utilização de dados automáticos e horários na bacia incremental.