Olá, esse é um conteúdo exclusivo destinado aos nossos assinantes
Cadastre-se GRATUITAMENTE ou faça seu LOGIN e tenha acesso:
Até 5 conteúdos
fechados por mês
Ficar por dentro dos cursos e
eventos do CanalEnergia
Receber nossas newsletters e
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Notícias abertas CanalEnergia
ou
Já sou cadastrado,

O Grupo Energisa anunciou o desligamento da usina termelétrica de Cruzeiro do Sul (AC), uma das maiores da região Norte, além da conexão do município e da região ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Com isso, a companhia antecipa em dois anos um compromisso previsto para 2026 e conclui a entrega do desligamento de 20 UTEs na Amazônia Legal ainda em 2024.

Segundo a empresa, o feito também possibilitou superar as metas estabelecidas para a redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE), que tinham como objetivo a diminuição de 505 mil toneladas. O grupo reporta ter evitado a emissão de 539 mil toneladas de CO₂ por ano. Além disso, no que se refere ao descomissionamento, a meta era de 171,7 MW, mas ao final do processo, o total alcançado foi de 195 MW de potência instalada.

O início da operação da Linha de Transmissão (LT) que conecta Rio Branco aos municípios de Feijó e Cruzeiro do Sul marca a conclusão da primeira parte do Programa de Descarbonização da Amazônia Legal, uma iniciativa executada em parceria com o Ministério de Minas e Energia e a Aneel.

Conexão de sistemas isolados 

Última região conectada ao sistema interligado pela Energisa, Cruzeiro do Sul era o segundo maior sistema isolado do Brasil, atrás apenas de Boa Vista, a capital de Roraima. O fornecimento para a região era feito, até então, por uma UTE alimentada a óleo diesel com capacidade de 20 MW e que consumia cerca de 4,5 milhões de litros de óleo por mês, ou cerca de 54 milhões de litros de óleo diesel por ano.

A conexão de Cruzeiro do Sul demandou investimentos de R$ 100 milhões, através da construção de 14 km da linha de distribuição em alta tensão de 169 KV e a subestação Juruá, atendida por três transformadores de 25 MVA. A execução dessas obras, concluídas antes do prazo, ficou a cargo da (re)energisa, marca do grupo que atua com construção, manutenção e serviços no setor de energia. Outra informação é que essa última interligação faz parte de um investimento global de R$ 1,2 bilhão.

Além de evitar o consumo e a queima de aproximadamente 17 milhões de litros de óleo diesel por mês nas contas da companhia, outro benefício em Cruzeiro do Sul foi a redução da poluição sonora. A usina a diesel do município operava com motores que excediam os limites de decibéis permitidos em áreas residenciais. Quanto totalmente ativada, os cerca de 140 motores provocam um barulho de 65 a 75 decibéis, sendo que a recomendação dos órgãos técnicos determina que os limites permitidos em áreas residenciais são de 55 decibéis no período diurno e 50 decibéis no período noturno.