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A Fitch Ratings reafirmou os ratings de crédito da Alupar e de suas principais subsidiárias, destacando a resiliência do modelo de negócios da empresa e a estabilidade de sua estrutura financeira. Os ratings de inadimplência (IDRs) de longo prazo da Alupar foram mantidos em BB+ para moeda estrangeira e BBB- para moeda local. No âmbito nacional, a classificação AAA(bra) foi mantida, refletindo o baixo risco do negócio no mercado brasileiro.

No mesmo sentido, as subsidiárias como Foz do Rio Claro Energia e Amazônia Empresa Transmissora de Energia (AETE) também tiveram seus ratings confirmados, com perspectiva estável.

Pontos fortes que sustentam os ratings

Segundo a agência de risco, a Alupar opera com uma diversificada carteira de ativos de transmissão e geração de energia elétrica, o que garante previsibilidade de receitas e reduz exposição a riscos operacionais e regulatórios. O segmento de transmissão, que representa 80% do ebitda consolidado, é caracterizado por receitas anuais garantidas, reajustadas pela inflação e independentes de demanda.

Além disso, os contratos de longo prazo no setor de geração mitigam riscos hidrológicos, consolidando a posição da empresa como um dos principais players do setor.

Perspectivas financeiras

A Fitch projeta que a Alupar manterá índices de alavancagem condizentes com os ratings nos próximos anos, mesmo diante de investimentos significativos. A dívida líquida ajustada em relação ao ebitda deve permanecer abaixo de 3,5 vezes até 2025.

A entrada de novos ativos em operação e as margens de ebitda robustas — entre 85% e 90% — devem sustentar um crescimento sólido da geração de caixa. Estima-se que o ebitda consolidado alcance R$ 2,9 bilhões em 2025 e R$ 3,1 bilhões em 2026.

Por outro lado, o fluxo de caixa livre (FCF) será impactado por investimentos de R$ 8,8 bilhões até 2028 e pela política de distribuição de dividendos de 50% do lucro líquido regulatório, resultando em FCF negativo a partir de 2026.

Riscos e limites aos ratings

Os IDRs da Alupar estão limitados pelo teto-país do Brasil (BB+) e pelo ambiente operacional local, que influenciam diretamente a nota em moeda local. A Fitch também observa que um eventual rebaixamento do rating soberano do Brasil impactaria os ratings da Alupar.

Além disso, um aumento expressivo da alavancagem ou a deterioração do perfil financeiro consolidado, com dívida líquida ajustada/EBITDA acima de 3,5 vezes de forma contínua, poderiam resultar em rebaixamento.

Perspectiva estável e potencial de crescimento

Segundo a agência de risco, a Alupar vem fortalecendo sua posição com novos projetos de transmissão, incluindo ativos fora do Brasil, que deverão incrementar as receitas em até R$ 1,1 bilhão até 2029. A empresa também se destaca pelo histórico positivo na execução de projetos e pela capacidade de financiamento, o que atenua riscos de construção.

Por fim, a Fitch ressalta que a estabilidade dos ratings da Alupar reflete sua capacidade de combinar robustez financeira e operacional com gestão eficiente, mesmo em um ambiente desafiador.