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A geração líquida da Eneva somou 3.559 GWh no último trimestre do ano passado, mostrando crescimento de 92,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. A empresa divulgou nessa sexta-feira, 17 de janeiro, seu balanço operacional do período, reportando que os despachos térmicos aumentaram em todas suas usinas, sendo em 72% em Parnaíba, 83% em Jaguatirica, 30% no carvão e mais de 5% nos demais ativos. A geração por ordem de mérito no período apresentou maior volume no início do trimestre.
O início do período úmido e uma melhor perspectiva do cenário hidrológico provocou a redução da geração por mérito, mas com aumento da necessidade de demanda adicional por parte do Sistema Interligado Nacional para atendimento à ponta de carga, foram associados mais despachos a este tipo de evento ao longo de todo o trimestre.
Adicionalmente, ocorreu o despacho antecipado da UTE Porto de Sergipe I entre novembro e dezembro. A empresa exploca que considerando a impossibilidade do suprimento de gás natural à usina diretamente por meio do FSRU (Floating Storage and Regaseification Unit), em decorrência da falha na tubulação de conexão (Riser) ao gasoduto marítimo, foram implementadas alternativas que possibilitaram o suprimento e atendimento ao despacho, com ajuda do Complexo Parnaíba. E no trimestre ainda foram adicionados 859 MW de nova capacidade ao portfólio da geradora.
Ocorrência e curtailment reduzem geração solar
Na fonte solar, o destaque fica para a disponibilidade média do Complexo Futura em 77,6% no último trimestre do ano refletiu na queda de 25,9% da geração líquida. Entre os motivos para a performance está o desligamento forçado de parte das UFVs do parque, após a identificação de danos internos no transformador. Ao final de dezembro, a troca do equipamento foi concluída e o empreendimento retornou ao seu quadro operacional.
Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, a redução da geração líquida em razão do curtailment foi de 3,2%. E a geração frustrada decorrente dos cortes solicitados pelo ONS foi de 42,4 GWh, diminuindo mais de 50% frente a geração frustrada de 91,1 GWh no trimestre anterior. A ampliação dos limites de intercâmbio do subsistema Nordeste pelo a partir de 17 de outubro e o término do período sazonal da safra dos ventos contribuíram para o resultado.
Produção e reservas de gás
A produção de gás natural da Eneva totalizou 0,59 bilhão de metros cúbicos (bcm), sendo 0,53 bcm no Complexo Parnaíba e 0,06 bcm na Bacia do Amazonas, no Campo de Azulão, direcionado ao suprimento da UTE Jaguatirica II. O aumento do volume é de 0,23 bcm na comparação anual, resultado da maior demanda das UTEs no Parnaíba.
Em contrapartida, Azulão apresentou ligeira redução no volume de gás produzido, refletindo a melhoria da eficiência operacional nos sistemas de autogeração e liquefação após a realização de investimentos ao longo do terceiro trimestre de 2024, para otimização do consumo de gás na planta como um todo.
A companhia encerrou o ano passado com um total de reservas 2P de gás natural de 46 bcm, sendo 36,1 bcm nos campos da Bacia do Parnaíba e 9,8 bcm na Bacia do Amazonas. O volume reflete o saldo das reservas certificadas pela Gaffney, Cline & Associates (GCA), referentes a 31 de dezembro de 2023, descontando o consumo de gás acumulado em 2024.