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A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) projeta um acréscimo de 793 MW de potência instalada oriundos da biomassa para a matriz elétrica nacional até dezembro deste ano. Com a perspectiva, a fonte chegaria a uma representação de 8,1% nesse horizonte de ampliação com 9.751 MW do total de potência instalada no país, num crescimento acima da média considerando os últimos 20 anos, quando o volume atingiu 672 MW entre 2005 e 2024.

Segundo o boletim da entidade, de 2005 a 2025, a biomassa terá inserido 14,2 mil MW, com a média anual de nova capacidade proporcionada pela biomassa somando mais 657 MW no ano seguinte. Em 2024, a fonte foi responsável por 586 MW de adição ao sistema elétrico, representando 5,4% da expansão no país em 2024. O recorde ocorreu em 2010, quando 1.750 MW conferiram quase 30% da ampliação no país.

Em 2025, a Única espera que o ambiente de negócios possa estimular a participação maior da biomassa, tanto no mercado livre como no regulado. O trabalho segue no reconhecimento das externalidades patentes da bioeletricidade, como sua renovabilidade, descentralização, não intermitência, complementariedade às hídricas, dentre outras. Atualmente a tecnologia representa 8,5% da capacidade instalada na matriz elétrica do Brasil com 17.658 MW, ocupando a 4ª posição, atrás das fontes hídrica, eólica e gás natural, em termos de potência outorgada pela Aneel, sem incluir a Micro e Mini Geração Distribuída (MMGD).

Em janeiro de 2025, a biomassa da cana (bagaço e palha) responde por 71,9% de toda potência outorgada pela fonte, com 12.697 MW instalados e 428 unidades em operação comercial. O licor negro, resultante do processo de fabricação de celulose, ocupa a 2ª posição, com 3.335 MW e 22 unidades em operação, sendo seguido pelos resíduos florestais com 837 MW e 77 unidades.

O estado de São Paulo lidera em capacidade instalada da biomassa no Brasil, representando 39,8% do total, com 7.028 MW instalados por 238 termelétricas renováveis. Minas Gerais vem depois com 2.188 MW, Mato Grosso do Sul com 2.003 MW, Goiás com 1.507 MW e Paraná com 1.266 MW. Os cinco atingem 79,2% do total da fonte. São Paulo lidera também em termos de potência instalada pelas termelétricas com bagaço. Em janeiro de 2025, a fonte chegou a 211 unidades térmicas operando através da tecnologia, totalizando 6.383 MW e 50,3% do total instalado pelas UTEs à biomassa de cana no país.