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Ainda sem usinas desse tipo no país, as UHEs Reversíveis foram objeto de estudo elaborado pela empresa de Pesquisa Energética. O Roadmap de Usinas Hidrelétricas Reversíveis – “Perspectivas e caminhos para a inserção das usinas reversíveis no Brasil” é um estudo que analisa as oportunidades e desafios para a inserção dessas plantas no Brasil, destaca que a construção de um projeto piloto, o estabelecimento de uma modalidade de outorga, a reavaliação do desenho de mercado são fundamentais para a viabilização desse tipo de empreendimento.
A EPE também lançou o Caderno de Estudos “Um olhar para as UHEs – Desafios e oportunidades para o aproveitamento hidrelétrico brasileiro. O Caderno traz um panorama sobre as hidrelétricas no Brasil, abordando seus benefícios, características e participação na matriz elétrica do País.
No lançamento do Roadmap, o Secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento do Ministério de Minas e Energia, Thiago Barral, salientou a importância da hidreletricidade na matriz brasileira. Segundo ele, a sua valoração deve ser repensada e redimensionada.
O estudo mostra as vantagens das usinas reversíveis, como a capacidade de responder pelo atendimento aos horários de ponta; a alta flexibilidade para suportar à expansão das renováveis; a confiabilidade e a segurança energética e a prestação de serviços ancilares, como o controle de frequência primária e secundária ao sistema.
As reversíveis podem ter três tipos de ciclo: aberto, fechado e semiaberto. O fechado tem a construção de dois reservatórios artificiais com uma conexão de água fechada entre eles. No aberto, os reservatórios estão conectados a corpos d’água naturais, como rios ou lagos, enquanto o semiaberto combina. elementos dos ciclos fechado e aberto. Um reservatório é fechado e o outro está conectado a um corpo de água natural.
A estimativa dos custos das UHEs Reversíveis no PDE é de US$ 1.200/kW a US$ 1.600/kW para Capex e de US$ 12/kW.ano a US$ 20/kW.ano para Opex.
Há o desafio na estimativa dos custos da fonte, uma vez que existem poucos dados nas principais fontes internacionais, a heterogeneidade das amostras das pesquisas e as incertezas quanto ao custo de instalação, por conta das obras civis.
A regulação é um dos desafios das reversíveis. Ainda não existe nada sobre ela nos dispositivos legais, embora essas tecnologias de armazenamento tenham sido abordadas do ponto de vista regulatório por meio da Consulta Pública Aneel n° 039/2023.
Outro ponto que o caderno destaca é a definição clara de mecanismos de remuneração para implementação das UHEs Reversíveis. O caminho mais adequado sugerido pelo caderno é o da reformulação do desenho de mercado de energia, criando novos produtos. Como experiências de outros países, a Alemanha isentou a tarifa de acesso a rede básica de transmissão pelos primeiros 20 anos de operação. Já Portugal estabeleceu um incentivo para o pagamento anual de uma receita fixa baseada na potência instalada que vale durante os primeiros dez anos.