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A sétima edição do “Perspectivas do Gás no Rio 2024-2025”, publicação da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro foi lançada na última quinta-feira, 30 de janeiro, na Casa Firjan. O estudo destaca que as reservas provadas nacionais cresceram 46% em 2023, a partir de campos em águas fluminenses. O Rio representa agora 72% das reservas nacionais, sendo 372 bilhões/m³ dos 517 bilhões/m³ no país. Em novo recorde, o estado representa 74% da produção de gás natural no país.
Enquanto a produção média diária nacional cresceu 1% em 2024, alcançando o patamar de 151 MM m³/dia, o estado fluminense alcançou 113 MM m³/dia, impulsionado pelo crescimento de 6% na produção. A Firjan também mapeou que os investimentos ao longo da cadeia de valor do gás natural nos próximos 10 anos superam R$150 bilhões, possibilitarão a geração de mais de 60 mil empregos diretos e indiretos, a depender a concretização de projetos.
Apesar do aumento da produção, a disponibilização de gás caiu em cerca de 5 MM m³/dia, frente a 2023, com aproveitamento nacional alcançando apenas 33%. Essa situação é ainda mais crítica no Rio de Janeiro, com 23%. A reinjeção nacional manteve crescimento relevante, alcançando 54% da produção. Já no estado fluminense, o volume reinjetado cresceu em maior velocidade que no país, ultrapassando os 70 MM m³/dia e atingindo também um novo recorde. Os dados dinâmicos do Perspectivas do Gás no Rio estão disponíveis neste link.
A aprovação do Contrato de Uso do Sistema de Distribuição foi considerada um marco regulatório especial, por viabilizar a migração de consumidores para o mercado livre de gás. Com isso, três indústrias fluminense que, juntas, consomem 1,7 MM m³/dia fizeram a mudança. A Firjan também identificou, pelo menos, outras 12 indústrias que aguardam a viabilização da sua migração, conforme as definições da Agenersa.
De acordo com o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, a federação adota o gás natural como um dos pilares estratégicos de atuação para o desenvolvimento da indústria e da economia fluminense. De acordo com ele, o estado é o hub de gás natural do país, agente da descarbonização da economia, como uma ferramenta para aumentar a competitividade da indústria local e, ao mesmo tempo, fortalecer a segurança energética do estado e do país.
A publicação deste ano traz artigos da Firjan/ Senai/ Sesi e dos principais agentes do mercado de gás natural ao longo da cadeia de valor: Operadores de infraestrutura com ATGás, Naturgy e CDU, Fornecedoras de Gás Natural como Petrobras, MGás, Abiogás, Grupo Urca e, por fim, Consumidoras com CSN, Arke Energia, Braskem e Voqen, Nitriflex, além dos parceiros institucionais como o Ministério de Minas e Energia, Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, Empresa de Pesquisa Energética, Secretaria de Estado de Energia e Economia do Mar e a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro. A edição contou também com contribuições da Equinor e da Abegás.