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A Perfin Infra, por meio de sua família de fundos Perfin Infra II, anunciou um investimento de até R$ 450 milhões de equity na VirtuGNL, especializada em logística para o Gás Natural Liquefeito (GNL). A primeira fase do investimento, de R$ 100 milhões, será via debêntures conversíveis, para apoiar a expansão da estrutura operacional da companhia. Segundo as partes, o avanço da operação e conclusão de novos contratos, serão os gatilhos para a conversão de outros aportes, no intuito de garantir que o negócio se expanda de forma sustentável.
Criada e idealizada por José de Moura Júnior em 2019, a VirtuGNL tem como foco o desenvolvimento da infraestrutura do insumo através das Centrais de Descarbonização Rodoviária (CDR) para o autoabastecimento para o transporte rodoviário de longa distância. No caso, a Perfin vê no negócio uma forma de contribuir para a descarbonização do transporte de carga de longas distâncias, substituindo o uso do diesel nas frotas. Além disso, as soluções de transporte de GNL permitem o uso do insumo mesmo em regiões onde não há gasodutos.
Outro movimento anunciado foi a ampliação do contrato da VirtuGNL para receber GNL da Eneva, por meio das concessões na Bacia do Parnaíba, com ponto de entrega nas suas unidades de liquefação, na modalidade FOB. O novo acordo mais que quadruplica o fornecimento, que passará de 35 mil para 150 mil Nm³/dia, com perspectiva de crescimento do volume que pode chegar a 750 mil Nm³/dia.
O contrato, cuja vigência vai até o final 2034, atenderá à crescente demanda por combustíveis mais limpos e focará na localidade do Matopiba, sigla que designa os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. A região ocupa papel importante para o agronegócio brasileiro e possui um alto tráfego de veículos pesados. O projeto em questão substitui caminhões movidos a diesel por veículos a GNL, oferecendo soluções mais sustentáveis para empresas de grande porte como Vale, Suzano, Yara, Vibra e Cofco.
Segundo a Eneva, o consumo diário de diesel no transporte pesado no Matopiba equivale a cerca de 9 milhões de metros cúbicos de gás natural. A conversão de apenas 10% desse mercado para GNL poderia representar um consumo diário de quase 1 milhão de metros cúbicos. A empresa também afirma que o novo contrato representa a comercialização total da capacidade da unidade de liquefação de gás natural na planta Parnaíba SSLNG. E que após esse marco, será aberto um novo ciclo de investimentos voltado à expansão do fornecimento de pequena escala em regiões não atendidas pela malha de gasodutos.