Olá, esse é um conteúdo exclusivo destinado aos nossos assinantes
Cadastre-se GRATUITAMENTE ou faça seu LOGIN e tenha acesso:
Até 5 conteúdos
fechados por mês
Ficar por dentro dos cursos e
eventos do CanalEnergia
Receber nossas newsletters e
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Notícias abertas CanalEnergia
ou
Já sou cadastrado,

A Petrobras reduziu em aproximadamente 2 milhões de m³/dia suas vendas de gás natural em relação ao trimestre anterior. Segundo o último relatório da empresa, o resultado decorre da maior participação de outros agentes no mercado e da menor demanda do segmento não termelétrico. Tanto na comparação com o trimestre anterior e anual, o recuo é de 4%.

Pelo lado da oferta, a produção atingiu 2 milhões de m³/dia inferior em função de intervenções em unidades operacionais ocorridas no período. E a importação de Gás Natural Liquefeito (GNL) foi 1 milhão de m³/dia menor, enquanto as importações da Bolívia mantiveram-se no mesmo patamar.

Já a comercialização da energia elétrica gerada computou recuo de 12,5% em virtude da melhora da afluência nos reservatórios hidrológicos. A venda de disponibilidade térmica em leilão reduziu 30,3% em 2024 em relação a 2023, devido ao encerramento de contratos. Por outro lado, a venda total de energia elétrica aumentou 24,3% em relação ao ano anterior, em função das piores condições hidrológicas que resultaram numa maior necessidade de despacho termelétrico.

Investimentos

Em um evento realizado nessa terça-feira, 4 de fevereiro, na sede da Firjan, no Rio de Janeiro, a presidente da companhia, Magda Chambriard, destacou o plano de investimentos até 2029 de US$ 111 bilhões com foco em petróleo e gás, citando combustíveis mais renováveis e que voltam os aportes em refino, fertilizantes e no segmento petroquímico. “Estejam preparados pois estamos pisando no acelerador”, disse a executiva referindo-se aos fornecedores do mercado que compunham a plateia.

Segundo ela, o planejamento aponta para um crescimento da empresa de 60% nos próximos 25 anos, almejando alcançar em 2050 31% de responsabilidade sobre a energia primária no país. Ela ainda citou que a companhia irá implementar células fotovoltaicas em refinarias, e que a UTE II do Complexo de Boaventura (RJ) deve começar a operar a partir de 2028, estando no momento na etapa de licitação. Já a primeira usina prevista na localidade está em análise de viabilidade técnica e econômica. A ideia é habilitar as duas no leilão de reserva de capacidade, que deve acontecer em 27 de junho.

Além de ampliar a oferta de gás, outro objetivo da petroleira nas energias de baixo carbono é recontratar suas 13 térmicas existentes em leilões, entre quase 5 GW. “Teremos cerca de R$ 1 bilhão por ano em manutenção, fora o aporte previsto em modernização”, destacou o gerente executivo de Gás e Energia, Álvaro Tupiassu.

Ele também ressaltou que US$ 500 milhões deverão ser direcionados ao hidrogênio verde, por meio de parcerias e tendo anunciado a primeira fábrica de e-metanol. Outra frente é a avaliação de quatro hubs de CCUS no Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Bahia. Começa em 2027 com o projeto piloto de Cabiúnas, com previsão de captura e armazenamento de 100 mil toneladas de CO2 por ano. “A ideia é criar conhecimento para fundar o regulamento para os novos projetos que estão por vir”, conclui.